Identificando as preferências do Banco Central do Brasil (2002-2013)
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-41612014000300001Palavras-chave:
Regras de Política Monetária, Metas de Inflação, Preferências do Banco Central.Resumo
Este trabalho estima os parâmetros de preferência do Banco Central do Brasil para
o período compreendido entre 2002 e 2013. Para isso, analisamos um problema de
otimização do Banco Central em uma economia aberta. A equação de Euler que soluciona
tal problema permite utilizar o método generalizado dos momentos (GMM) para
estimação eficiente dos parâmetros. Tal abordagem separa os parâmetros de preferência
daqueles relacionados às condições estruturais da economia brasileira, ao contrário
do que ocorre na estimação direta de uma regra de política monetária. Os resultados
encontrados indicam grau relativamente elevado de flexibilidade do regime de metas
de inflação no Brasil, sugerindo que a estabilização do produto em torno de seu potencial
constitui objetivo relevante nas decisões de política monetária, em detrimento
ao controle inflacionário estrito. A flexibilidade do regime parece ter sido aprofundada
na gestão de Alexandre Tombini à frente do Banco Central do Brasil.
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