Determinantes macroeconômicos e o papel das expectativas: uma análise do spread bancário no Brasil (2003-2011)

Autores

  • Tarciso Gouveia da Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Economia Autor
  • Eduardo Pontual Ribeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Economia Autor
  • André de Melo Modenesi Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Economia Autor

DOI:

https://doi.org/10.1590/0101-416146364tea

Palavras-chave:

Spread bancário, Variáveis macroeconômicas expectacionais, Dados em painel

Resumo

A teoria econômica reconhece a importância das expectativas para a tomada de decisão dos agentes econômicos em um ambiente dinâmico sem previsibilidade perfeita. Apesar de relativamente extensa, a literatura sobre spread bancário no Brasil trata desta questão apenas de forma superficial, não incluindo variáveis macroeconômicas expectacionais. Estas expectativas, que podem afetar as estratégias da firma bancária no processo de maximização sua rentabilidade, são rotineiramente coletadas e divulgadas pela autoridade monetária e de regulação bancária brasileira e por outras entidades. Incorporamos estas variáveis em um modelo empírico dinâmico de determinação do spread bancário específico de cada banco, seguindo a abordagem de Maudos e Solís (2009). Os dados são trimestrais e a amostra vai de 2003 a 2011. Os resultados corroboram a hipótese aqui proposta de que as variáveis macroeconômicas expectacionais, como a inflação esperada e os juros futuros, são relevantes na determinação do spread bancário no Brasil.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Tarciso Gouveia da Silva, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Economia

    Doutorando em Economia - IE/UFRJ. Assistente de Pesquisa do Grupo de Estudos sobre a Moeda e Sistema Financeiro - IE/UFRJ.

  • Eduardo Pontual Ribeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Economia

    Professor Associado do IE/UFRJ. As opiniões expressas aqui não representam a posição oficial de nenhuma instituição a que estou afiliado.

  • André de Melo Modenesi, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Economia

    Professor Adjunto do IE/UFRJ. Pesquisador do Grupo de Estudos sobre a Moeda e Sistema Financeiro - IE/UFRJ. Pesquisador do CNPq.

Referências

AFFANASIEFF, T. S., Lhacer, P. M. V., Nakane, M. I. The determinants of bank interest spread in

Brazil, XXIX ENCONTRO NACIONAL De ECONOMIA, Salvador, Anais do XXIX Encontro Nacional de Economia, 2001.

AFFANASIEFF, T. S., Lhacer, P. M. V., Nakane, M. I. The determinants of bank interest spread in Brazil, Money Affairs, Cidade do México, v. 15, n. 2, p. 183-207, 2002.

ALENCAR, L., Leite, D., e Ferreira, S. Spread bancário: um estudo cross-country, In: Banco Central do Brasil, Relatório de Economia Bancária e Crédito, p. 23-34, 2007.

ALLEN, L. The Determinants of Banking Interest Margins: A note, Journal of Financial and Quantitative Analysis, V.23, n.2, p. 231-235, junho, 1988.

ANGBAZO, L. Commercial bank net interest margins, default risk, interest rate risk and off-balance sheet banking, Journal of Banking and Finance, v.21, p.5-87, 1997

ARELLANO, M., and Bond, S. Some tests of specification for panel data: Monte Carlo evidence and an application to employment equations, Review of Economics Studies, v.58, p. 277-297, 1991.

ARELLANO, M. and Bover O. Another look at the instrumental variable estimation of error component models, Journal of Econometrics, v.68, p. 29-51, 1995.

ARONOVICH, S. Uma nota sobre os efeitos da inflação e do nível de atividade sobre o spread bancário, Revista Brasileira de Economia (FGV), v.48, n.1, p.125-140, 1994.

BANCO CENTRAL DO BRASIL, Juros e Spread bancário no Brasil, Brasília, 1999 a 2009.

BIGNOTTO, F. e Rodrigues, E., Fatores de risco e spread bancário no Brasil, Trabalhos para Discussão do Banco Central do Brasil, n. 110, 2005.

BLUNDELL, R. and Bond, S., Initial conditional and moment restrictions in dynamic panel data models. Journal of Econometrics, V.87, n.1, p.115-143, 1998.

DANTAS, J.A., Medeiros, O.R. e Capelletto, L.R., Determinantes do spread bancário ex-post no mercado brasileiro, Trabalhos para discussão 242, Banco Central do Brasil, 2011.

DEMIRGÜÇ-KUNT, A. and Huizinga, H., Determinants of Commercial Bank Interest Margins and Profitability: Some International Evidence, The World Bank Economic Review, v. 13, n.2, p.379-408, 1999.

FABRIS, M.J.Z. e Filho, F.F. Considerações sobre os determinantes do spread bancário no Brasil, Análise Econômica, v.30, n.58, p.121-148, Porto Alegre, 2012.

GOUVEIA DA SILVA, T., Política monetária e sistema bancário: o papel das expectativas na determinação do spread brasileiro (2003-2011), Dissertação de Mestrado em Economia. Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2012.

HO, T. S. Y., and Saunders, A., The determinants of bank interest margins: theory and empirical evidence, Journal of Financial and Quantitative Analysis, n. 16, p. 581-600, 1981.

HOANG, N. T. and Mcnown, R. F., Panel data unit roots tests using various estimation methods, University of Colorado Bulletin, v. 6, p. 33-66, 2006.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Endereço eletrônico: www.ibge.gov.br.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Base de dados Ipeadata, Disponível em: www.ipeadata.gov.br.

LEAL, R. M. Estrutura e Determinantes do Spread Bancário no Brasil após 1994: uma análise da literatura empírica. In: PAULA, Luiz F.; OREIRO, José L. (Org.) Sistema Financeiro: uma análise do setor bancário brasileiro. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007, Cap. 10.

KOYAMA, S.M. e Nakane, M. I. Os determinantes do spread bancário no Brasil, Relatório de Economia Bancária e Crédito, Banco Central do Brasil, 2001.

MADDALA, G.S. and Wu, S., A comparative study of unit root with panel data and new simple test, Oxford Bulletin of Economic and Statistics, Special issue, p. 631-652, 1999.

MANHIÇA, F. A., A política monetária e o spread bancário no Brasil: de 2000 a 2008, Dissertação de Mestrado em Economia. Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009.

MANHIÇA, F. A. e Jorge, C. T., O nível da taxa básica de juros e o spread bancário no Brasil: Uma análise de dados em painel, Texto para Discussão 1710, IPEA, 2012.

MAUDOS, J. and Guevara, J. F., Factors explaining the interest margin in banking sectors of European Union, Journal of Banking and Finance, set., 2004.

MAUDOS, J. and Solís, L., The determinants of net interest income in the Mexican banking system: An integrated model, Journal of Banking and Finance, v.33, p.1920-1931, 2009.

SAUNDERS, A. and Schumacher, L., The determinants of interest rate margins: an international study. Journal of International Money and Finance, v.19, p. 813-832, 2000.

SOBREIRA, R.; Martins, N.M. e Gouveia da Silva, T., Basel III and Brazilian Banks, 3rd International Conference of the Financial Engineering and Banking Society: Financial Regulation & Systemic Risk, ESCP Europe Campus, Paris, 2013.

TAN, T.B.P. (2012). Determinants of credit growth and interest margins in the Philippines and Asia, IMF Working Papers 12/123, 2012.

Downloads

Publicado

30-09-2016

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Silva, T. G. da, Ribeiro, E. P., & Modenesi, A. de M. (2016). Determinantes macroeconômicos e o papel das expectativas: uma análise do spread bancário no Brasil (2003-2011). Estudos Econômicos (São Paulo), 46(3), 643-673. https://doi.org/10.1590/0101-416146364tea