Duráveis: preferências e acumulação
Resumo
A escolha de duráveis pelo consumidor não pode ser satisfatoriamente acomodada em modelos diretamente derivados do modelo convencional e determinístico. Este estudo propõe um modelo axiomático e probabilístico das preferências do consumidor na escolha de bens duráveis no mercado e discute suas propriedades teóricas. O modelo econométrico qualitativo é especificado, as hipóteses empiricamente testáveis sugeridas pelo modelo proposto são discutidas, assim como o são as propriedades empíricas das medidas relevantes ao comportamento no mercado de duráveis. O teste do modelo é feito para os duráveis refrigerador, liquidificador, máquina de costura e televisão, utilizando amostra transversal (dados ENDEF) das famílias do Estado de São Paulo. Os resultados empiricos são claro suporte à teoria proposta. As implicações para o comportamento dos consumidores paulistas no mercado de duráveis são derivadas e discutidas. Dentre estas, os resultados para os consumidores de São Paulo marcadamente contradizem a noção de que as preferências por duráveis, reveladas no mercado, meramente reproduzem aquelas do consumidor de alta renda.
Downloads
Referências
ANDRE, P.T.A. The ENDEF survey. In: SCOTT, C; ANDRE, P.T.A. & CHANDER, R. Conducting surveys in developing countries: practical problems and experience in Brazil, Malaysia and the Phillippines. Washington, Living Standards Measurement
Study Working Paper Series, 5, Development Research Center, World Bank, 1980.
BLOCK, H.D. & MARSCHAK. J. Random orderings and stochastic theories of response. In: OLKIN I. et al. (eds.).
Contributions to probability and statistics: essays in honor of Harold Hotelling. Stanford, Stanford University Press, 1960, p. 97-132.
FARREL, MJ. The demand for motorcars in the United States. Journal of the Royal Statistical Society, series A, 777; 171- 201,1954.
HALLDIN, C. The choice axiom, revealed preference and the theory of demand. Theory and Decision, 5: 139-160, 1974.
LUCE, R.D. Individual choice behavior: a theoretical analysis. New York, John Wiley, 1959.
LUCE, R.D. The choice axiom after twenty years. Journal of Mathematical Psychology, 15: 215-233, 1977.
LUCE, R.D. et al. Preference, utility and subjective probability. In: R.D. Luce et al: (eds.). Handbook of mathematical psychology. New York, John Wiley, 1965, V. Ill, p. 249-410.
MARSCHAK, J. Norms and habits of decision making under certainty. In: DUNLAP & ASSOCIATES, INC. Mathematical models of human behavior: proceedings of a symposium. Stamford, Conn., 1955, p. 45-53.
MARSCHAK, J. Binary choice constraints and random utility indicators. In: ARROW, K.J. Mathematical methods in the social sciences. Stanford, Stanford University Press, 1960, p. 312-329.
MARSCHAK, J. et al. Stochastic models of choice behavior. Behavioral Science, 5(1): 41-55,1963.
McFADDEN, D. Conditional logit analysis of qualitative choice behavior. In: ZAREMBKA, P. Frontiers in econometrics. New York, Academic Press, 1974, p. 105-142.
MUELLBAUER, J. Testing neoclassical models of the demand for consumer durables. In: DEATON, A. (ed.). Essays in the theory and measurement of consumer behavior. Cambridge, Cambridge University Press, 1981,
Ch.8, p. 213-236.
PAROUSH, J. The order of acquisition of consumer durables. Econometrica, 33: 225-235, 1965.
PAULY, R. The accumulation structure of consumer durables and its empirical analysis. Empirical Economics, 2:253-
, 1977.
PYATT, F.G. Priority patterns and the demand for household durable goods. Cambridge, Cambridge University Press, 1964.
STONE, J.R.N. & ROWE, R.A. The market demand for durable goods. Econometrica, 25:423-443, 1957.
YELLOT, J.I. Jr. The relationship between Luce's choice axiom, Thurstone's theory of comparative judgement and
the double exponencial distribution. Journal of Mathematical Psychology, 15:109-144, 1977.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 1986 Paulo de Tarso Afonso de André
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A submissão de artigo autoriza sua publicação e implica o compromisso de que o mesmo material não esteja sendo submetido a outro periódico.
A revista não paga direitos autorais aos autores dos artigos publicados.
O detentor dos direitos autorais da revista é o Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo.