Duráveis: preferências e acumulação

Autores

  • Paulo de Tarso Afonso de André Autor

Resumo

A escolha de duráveis pelo consumidor não pode ser satisfatoriamente acomodada em modelos diretamente derivados do modelo convencional e determinístico. Este estudo propõe um modelo axiomático e probabilístico das preferências do consumidor na escolha de bens duráveis no mercado e discute suas propriedades teóricas. O modelo econométrico qualitativo é especificado, as hipóteses empiricamente testáveis sugeridas pelo modelo proposto são discutidas, assim como o são as propriedades empíricas das medidas relevantes ao comportamento no mercado de duráveis. O teste do modelo é feito para os duráveis refrigerador, liquidificador, máquina de costura e televisão, utilizando amostra transversal (dados ENDEF) das famílias do Estado de São Paulo. Os resultados empiricos são claro suporte à teoria proposta. As implicações para o comportamento dos consumidores paulistas no mercado de duráveis são derivadas e discutidas. Dentre estas, os resultados para os consumidores de São Paulo marcadamente contradizem a noção de que as preferências por duráveis, reveladas no mercado, meramente reproduzem aquelas do consumidor de alta renda.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ANDRE, P.T.A. The ENDEF survey. In: SCOTT, C; ANDRE, P.T.A. & CHANDER, R. Conducting surveys in developing countries: practical problems and experience in Brazil, Malaysia and the Phillippines. Washington, Living Standards Measurement

Study Working Paper Series, 5, Development Research Center, World Bank, 1980.

BLOCK, H.D. & MARSCHAK. J. Random orderings and stochastic theories of response. In: OLKIN I. et al. (eds.).

Contributions to probability and statistics: essays in honor of Harold Hotelling. Stanford, Stanford University Press, 1960, p. 97-132.

FARREL, MJ. The demand for motorcars in the United States. Journal of the Royal Statistical Society, series A, 777; 171- 201,1954.

HALLDIN, C. The choice axiom, revealed preference and the theory of demand. Theory and Decision, 5: 139-160, 1974.

LUCE, R.D. Individual choice behavior: a theoretical analysis. New York, John Wiley, 1959.

LUCE, R.D. The choice axiom after twenty years. Journal of Mathematical Psychology, 15: 215-233, 1977.

LUCE, R.D. et al. Preference, utility and subjective probability. In: R.D. Luce et al: (eds.). Handbook of mathematical psychology. New York, John Wiley, 1965, V. Ill, p. 249-410.

MARSCHAK, J. Norms and habits of decision making under certainty. In: DUNLAP & ASSOCIATES, INC. Mathematical models of human behavior: proceedings of a symposium. Stamford, Conn., 1955, p. 45-53.

MARSCHAK, J. Binary choice constraints and random utility indicators. In: ARROW, K.J. Mathematical methods in the social sciences. Stanford, Stanford University Press, 1960, p. 312-329.

MARSCHAK, J. et al. Stochastic models of choice behavior. Behavioral Science, 5(1): 41-55,1963.

McFADDEN, D. Conditional logit analysis of qualitative choice behavior. In: ZAREMBKA, P. Frontiers in econometrics. New York, Academic Press, 1974, p. 105-142.

MUELLBAUER, J. Testing neoclassical models of the demand for consumer durables. In: DEATON, A. (ed.). Essays in the theory and measurement of consumer behavior. Cambridge, Cambridge University Press, 1981,

Ch.8, p. 213-236.

PAROUSH, J. The order of acquisition of consumer durables. Econometrica, 33: 225-235, 1965.

PAULY, R. The accumulation structure of consumer durables and its empirical analysis. Empirical Economics, 2:253-

, 1977.

PYATT, F.G. Priority patterns and the demand for household durable goods. Cambridge, Cambridge University Press, 1964.

STONE, J.R.N. & ROWE, R.A. The market demand for durable goods. Econometrica, 25:423-443, 1957.

YELLOT, J.I. Jr. The relationship between Luce's choice axiom, Thurstone's theory of comparative judgement and

the double exponencial distribution. Journal of Mathematical Psychology, 15:109-144, 1977.

Downloads

Publicado

01-12-1986

Edição

Seção

Não definida

Como Citar

André, P. de T. A. de. (1986). Duráveis: preferências e acumulação. Estudos Econômicos (São Paulo), 16(Especial), 103-133. https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/157381