Nacionalidade das empresas e fluxo de empregos: evidências da indústria brasileira de transformação

Autores

  • Luiz A. Esteves Universidade Federal do Paraná. Departamento de Economia Autor
  • Pedro S. Martins Universidade de Londres Autor

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-41612010000100005

Palavras-chave:

empresas estrangeiras, destruição de emprego, matching

Resumo

A segunda metade da década de 90 é um período caracterizado por um grande aumento dos investimentos (e desinvestimentos) externos no Brasil. Essa mudança estrutural da economia brasileira é a motivação para este estudo, cujo objetivo é analisar o efeito da nacionalidade das empresas sobre o fluxo de empregos industrial. Trata-se de um tema sobre o qual há pouca evidência, mesmo para países desenvolvidos, embora não seja raro considerar as empresas estrangeiras como mais 'voláteis' que as empresas domésticas. Usando dados da RAIS e de outras bases e uma amostra de empresas domésticas e estrangeiras, comparamos várias medidas de fluxos de empregos nos dois tipos de empresas. Os resultados apresentados neste trabalho sugerem não haver diferenças significativas nos fluxos de empregos das empresas domésticas e estrangeiras.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Aitken, B.; Harrison, A.; Lipsey, R. Wages and foreign ownership: A comparative study of Mexico, Venezuela, and the United States. Journal of International Economics, 40 (3-4), p. 345-371, 1996.
Alva rez, R.; Görg, H. Multinationals and plant exit: evidence from Chile. IZA, 2005. (Discussion Paper 785 1611).
Andrews, M.; Bellman, L.; Schank, T.; Upward, R. The takeover and selection effects of foreign ownership in Germany: an analysis using linked workerfirm data. GEP, University of Nottingham, 2007. (Research Paper 2007/08).
Bernard, A. B.; Sjöholm, F. Foreign owners and plant survival. NBER Working Paper 10039, 2003.
Conyon, M.; Girma, S.; Thompsom, S.; Wright, P. The productivity and wage effects of foreign acquisition in the United Kingdom. Journal of Industrial Economics, v. 50, n.1, p. 85-107, 2002.
Davi s, S.; Haltiwanger, J.; Schuh, S. Job Creation and Destruction. Cambridge, MA: MIT Press, 1996.
Davi s, S. J.; Hal tiwanger, J. Gross job flows. In: ASHENFELTER, O.; CARD, D. (Eds.). Handbook of labor economics. Amsterdan: Elsevier, 3B, 1999.
Davi s, S. J.; Faberman, R. J.; Haltiwanger, J. The flow approach to labor markets: new data sources and micro-macro links. Journal of Economic Perspectives, v. 20, n. 3, p.326, 2006.
DeNEGRI, F. Desempenho comercial das empresas estrangeiras no Brasil na década de 90. Universidade Estadual de Campinas, 2003. Mimeo.
Earle, J.; Telegdy, A. Ownership and wages: Estimating public-private and foreign-domestic differentials using LEED from Hungary, 1986-2003. NBER Working Paper 12997, 2007.
Feenstra, R. C.; Hanson, G. H. Foreign direct investment and relative wages: Evidence from mexico’s aquiladoras. Journal of International Economics, v. 42, n. 3-4, p. 371-393, 1997.
Girma, S.; Görg, H. Evaluating the causal effects of foreign acquisition on domestic skilled and unskilled wages. Journal of International Economics, v. 72, n.1, p. 97-112, 2007.
Gómez-Salvado r, R.; Messina, J.; Valla nti, G. Gross Job Flows and Institutions in Europe, Labour Economics, v. 11, n. 4, p. 469-485, 2004.
Görg, H.; Strobl, E. Footloose’ multinationals? Manchester School, v. 71, n. 1, p. 1-19, 2003.
Heyman, F.; Sjöholm , F.; Ti ngvall , P. Is there really a foreign ownership wage premium? Evidence from matched employer-employee data. European Institute of Japanese Studies, 2006. (Working Paper 230).
Jova novic , B. Selection and the evolution of industry. Econometrica, v.5 0, n. 3, p. 649-670, 1982.
KPMG. Mergers and acquisitions in Brazil: an analysis of the 1990s. KPMG Corporate Finance, São Paulo, 2001.
Lipsey, R.; Sjöholm, F. Foreign firms and Indonesian manufacturing wages: An analysis with panel data. Economic Development and Cultural Change, v. 55, n. 1, p. 201-221, 2006.
Martins, P. S. Do foreign firms really pay higher wages? Evidence from different estimators. IZA, 2005. (Discussion Paper 1388).
Martins, P. S.; Esteves, L. A. Is there rent sharing in developing countries? Matchedpanel evidence from Brazil. IZA, 2006. (Discussion Paper 2317).
Menezes-Filho , N.; Muendler, M.-A. Labor reallocation in response to trade reform. San Diego: University of California, 2007. Mimeo.
Muendler, M.-A. Foreign direct investment by sector of industry, Brazil 1980-2000. San Diego: University of California, 2003. Mimeo.
OECD. OECD employment outlook. Paris, 2007.
Ribeiro, E. et al. Trade liberalization, the exchange rate and job flows in Brazil. Journal of Policy Reform, v. 7, n. 4, p. 209-223, 2004.
Rosenbaum , P.; Rubin, D.The central role of the propensity score in observational studies for causal effects. Biometrika, v. 70, n. 1, p. 41-55, 1983.

Downloads

Publicado

01-03-2010

Edição

Seção

Não definida

Como Citar

Esteves, L. A., & Martins, P. S. (2010). Nacionalidade das empresas e fluxo de empregos: evidências da indústria brasileira de transformação. Estudos Econômicos (São Paulo), 40(1), 133-152. https://doi.org/10.1590/S0101-41612010000100005