Diferencial salarial público-privado revisitado: uma análise em painel de dados com a PNAD continua entre 2016-2019

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-53575223emm

Palavras-chave:

Diferença salarial, Efeitos fixos, Efeitos aleatórios, Oaxaca-Blinder

Resumo

O presente artigo estima o diferencial salarial entre funcionários dos setores público e privado de 2016 a 2019, utilizando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua. Para avaliação do prêmio salarial, foram utilizados (i) regressões por mínimos quadrados e a decomposição por Oaxaca-Blinder convencional e (ii) análise em painel de efeitos fixos, considerando uma extensão do modelo de Oaxaca-Blinder para modelos em painel. Na metodologia transversal foi encontrada uma diferença de 62,3% favorável ao funcionário público, sendo que 75% possui explicação por variáveis observáveis. Os outros 25% representam efeitos de variáveis não observadas, ou seja, um diferencial não explicado de, aproximadamente, 12%. Já, quando consideramos os dados em painel, nossa decomposição aponta que 73% deste diferencial é explicado por efeitos fixos, 18% por características dos agentes e apenas 11% representado por variáveis não observáveis, o que implica um diferencial não explicado de aproximadamente 6%. Os resultados ainda indicam um aumento no percentual não explicado do diferencial ao longo do tempo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Enlinson Mattos, Fundação Getúlio Vargas.Escola de Economia de São Paulo

    Professor

  • Matheus Ribeiro Sonoda, Fundação Getúlio Vargas.Escola de Economia de São Paulo

    Mestre em Economia

  • Marcos Vínicio Wink Júnior, Universidade do Estado de Santa Catarina

    Professor

Referências

Baltagi, Badi H. 2005. Econometric Analysis of Panel Data. 3. ed. Chichester [u.a.]: Wiley. http://gso.gbv.de/ DB=2.1/CMD?ACT=SRCHA&SRT=YOP&IKT=1016&TRM=ppn+478541953&sourceid=fbw_bibsonomy.

Barbosa, Klenio, e Fernando V Ferreira. 2019. “Occupy Government: Democracy and the Dynamics of Personnel Decisions and Public Finances.” Working Paper 25501, Working Paper Series, National Bureau of Economic Research, Cambridge. doi:10.3386/w25501.

Bargain, Olivier, e Blaise Melly. 2008. “Public Sector Pay Gap in France: New Evidence Using Panel Data.” University College Dublin, Open Access Publications from University College Dublin, January, Dublin.

Belluzzo, Walter, Elaine Pazello, , e Francisco Anuatti-Neto. 2005. “Distribuição de salários e o diferencial público-privado no Brasil.” Revista Brasileira de Economia 59 (December)..scielo: 511–33. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402005000400001&nrm=iso.

BLINDER, Alan S. Wage discrimination: Reduced form and structural estimates. 1973. Journal of Human Resources: 436-455.

Bös, Dieter. 1985. “Chapter 3: Public Sector Pricing.” In Handbook of Public Economics, editado por Auerbach, A.J., R. Chetty, M. Feldstein, e E. Saez, 129-211. Amsterdã: Elsevier. doi:https://doi.org/10.1016/S1573-4420(85)80006-9.

Braga, Breno, Sergio Firpo, e Gustavo Gonzaga. 2008. “Escolaridade e o Diferencial de Rendimentos Entre o Setor Privado e o Setor Público no Brasil.” Textos Para Discussão 39, Department of Economics PUC-Rio (Brazil), Rio de Janeiro.

Campos, Maria, Domenico Depalo, Evangelia Papapetrou, Javier Pérez, e Roberto Ramos. 2017. “Understanding the Public Sector Pay Gap.” IZA Journal of Labor Policy 6 (December). doi:10.1186/s40173-017-0086-0.

Cavalcanti, Tiago, e Marcelo Santos. 2021. “(Mis) Allocation Effects of an Overpaid Public Sector.” Journal of the European Economic Association 19 (2): 953–99.

Depalo, Domenico, Raffaela Giordano, e Evangelia Papapetrou. 2015. “Public–Private Wage Differentials in Euro-Area Countries: Evidence from Quantile Decomposition Analysis.” Empirical Economics 49 (3): 985–1015.

Emilio, Daulins, FernandoBotelho, e Vladimir Ponczek. 2012. “Evaluating the wage differential between public and private sectors in Brazil.” Brazilian Journal of Political Economy 32 (March). scielo: 72–86. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31572012000100005&nrm=iso.

Fernández-de-Córdoba, Gonzalo, Javier J Pérez, ae José L Torres. 2012. “Public and Private Sector Wages Interactions in a General Equilibrium Model.” Public Choice 150 (1-2) 309–26.

FOGUEL, Miguel N. et al. 2000. “The public-private wage gap in Brazil.” Revista Brasileira de Economia 54 (December). scielo: 433–72. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402000000400003&nrm=iso.

Gregory, Robert G, e Jeff Borland. 1999. “Recent Developments in Public Sector Labor Markets.” In Handbook of Labor Economics 3, editado por Ashenfelter, Orley, e David Card, 3573-3630. Amsterdã: Elsevier.

HLAVAC, Marek. oaxaca: Blinder-oaxaca decomposition in R. Available at SSRN 2528391, 2014. page.1717

Jann, Ben. 2008. “The Blinder–Oaxaca decomposition for linear regression models.” Stata Journal 8 (4): 453–79. https://ideas.repec.org/a/tsj/stataj/v8y2008i4p453-479.html.

Kröger, Hannes, e Jörg Hartmann. 2021. “Extending the Kitagawa–Oaxaca–Blinder Decomposition Approach to Panel Data.” The Stata Journal 21 (2): 360–410.

Krueger, Alan B. 1988. “Are Public Sector Workers Paid More Than Their Alternative Wage? Evidence from Longitudinal Data and Job Queues.” In When Public Sector Workers Unionize, 217–42. NBER Chapters. National Bureau of Economic Research, Inc. https://ideas.repec.org/h/nbr/nberch/7910.html.

Lucifora, Claudio, e Dominique Meurs. 2006. “The Public Sector Pay Gap in France, Great Britain and Italy.” Review of Income and Wealth 52 (1): 43–59.

Mancha, Andre, e Enlinson Mattos. 2020. “Public Versus Private Wage Differential in Brazilian Public Firms.” EconomiA, January. doi:10.1016/j.econ.2019.09.005.

Marconi, Nelson. 2014. “A Evolução Do Perfil da Força de Trabalho e das Remunerações nos Setores Público e Privado ao Longo da Década de 1990.” Revista Do Serviço Público 54 (1): p. 10–45. doi:10.21874/rsp.v54i1.260.

Marconi, Nelson, Paulo R Arvate, João S Moura Neto, e Paulo EM Palombo. 2009. “Vertical Transfers and the Appropriation of Resources by the Bureaucracy: The Case of Brazilian State Governments.” Public Choice 141 (1-2): 65–85.

Morikawa, Masayuki. 2016. “A Comparison of the Wage Structure Between the Public and Private Sectors in Japan.” Journal of the Japanese and International Economies 39: 73–90. doi:https://doi.org/10.1016/j.jjie.2016.01.004.

Oaxaca, Ronald L, e Chung Choe. 2016. “Wage Decompositions Using Panel Data Sample Selection Correction.” IZA Discussion Paper.

Ramos, Raúl, Esteban Sanromá, e Hipólito Simón. 2014. “Public-private sector wage differentials by type of contract: evidence from Spain.” Working Papers 2014/32, Institut d’Economia de Barcelona (IEB), Barcelona. https://ideas.repec.org/p/ieb/wpaper/doc2014-32.html.

Rattsø, Jørn, e Hildegunn E.Stokke. 2018. “Identification of the private-public wage gap.” Working Paper Series 17418, Department of Economics, Norwegian University of Science; Technology, Trondheim. https://ideas.repec.org/p/nst/samfok/17418.html.

Resende, Antônio. 2019. “Aspectos do Regime Estatutário e o Regime Celetista na Administração Pública.” Cadernos da Escola do Legislativo - e-ISSN: 2595-4539 14 (22): 173–201. https://cadernosdolegislativo.almg.gov.br/seer/index.php/cadernos-ele/article/view/160.

Siminski, Peter. 2012. “Are Low-Skill Public Sector Workers Really Overpaid? A Quasi-Differenced Panel Data Analysis.” Applied Economics - APPL ECON 45 (January): 1–15. doi:10.1080/00036846.2011.641928.

Souza, Marcelo, Pedro H. G. F. e Medeiros. 2013. “Diferencial Salarial Público-Privado e Desigualdade de Renda per capita no Brasil.” Estudos Econômicos (São Paulo) 43 (March). scielo: 05–28. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-41612013000100001&nrm=iso.

Vaz, Rodolfo, Daniela Verzola e Hoffmann. 2007. “Remuneração nos serviços no Brasil: o contraste entre funcionários públicos e privados.” Economia e Sociedade 16 (August). scielo: 199–232. http://www.scielo.br/scielo.php script=sci_arttext&pid=S0104-06182007000200004&nrm=iso.

Wang, Yikai. 2021. “The Politico-Economic Dynamics of China’s Growth.” Journal of the European Economic Association 19 (1). Oxford University Press: 305–46.

Wooldridge, Jeffrey M. 2002. Econometric Analysis of Cross Section and Panel Data. Cambridge; London: MIT Press.

Downloads

Publicado

30-06-2022

Edição

Seção

Artigo