A educação em sexualidade na escola itinerante do MST: percepções dos(as) educandos(as)

Autores

  • Luiz Fabiano Zanatta Universidade Federal de São Paulo
  • Silvia Piedade de Moraes Universidade Federal de São Paulo
  • Maria José Dias de Freitas Universidade Federal de São Paulo
  • José Roberto da Silva Brêtas Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1517-9702201606144556

Resumo

A educação em sexualidade deve ser entendida como um processo de intervenção pedagógica que tem como objetivo transmitir informações e problematizar questões relacionadas à sexualidade, à saúde sexual e reprodutiva, aos direitos sexuais, às relações de gênero, à diversidade sexual e ao desejo afetivo-sexual. Todavia, muitos paradigmas impedem a efetivação dessa educação no ambiente escolar. Entretanto, sendo a escola itinerante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) um espaço educacional pautado nos pressupostos freireanos, existiriam os mesmos tabus, interditos sociais e preconceitos agindo sobre a efetivação da educação em sexualidade neste cenário? Com intuito de elucidarmos essa questão, elaboramos este estudo. Com método qualitativo descritivo, o estudo foi desenvolvido com dezoito educandos(as) de uma escola itinerante do MST no estado do Paraná, objetivando apresentar suas percepções sobre a educação em sexualidade na escola. Com base no material produzido durante a realização de grupos focais e anotações em diário de campo, sistematizados por análise categorial, é possível concluir que a educação em sexualidade na escola itinerante é promovida de forma medicalizada e biologizada, com ênfase no binômio saúde-doença, e que não há transversalidade sobre o ensino da temática entre as diversas disciplinas. Assim, mesmo utilizando aporte teórico metodológico freireano, a escola, ao tratar da educação em sexualidade, neste estudo, revelou-se paradoxal.

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Publicado

2016-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A educação em sexualidade na escola itinerante do MST: percepções dos(as) educandos(as) . (2016). Educação E Pesquisa, 42(2), 443-458. https://doi.org/10.1590/S1517-9702201606144556