A sexualidade nos cursos de licenciatura e a interface com políticas de formação de professores/as
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201844176870Palavras-chave:
Sexualidade, Licenciatura, Políticas educacionais, Disciplinas, EmentasResumo
Este artigo tem como objetivos investigar algumas políticas de formação de professores/as, a fim de pensar os efeitos de verdade que essas políticas têm produzido; e analisar, a partir de algumas interlocuções com os elementos do dispositivo da sexualidade proposto por Foucault, os campos de saber nos quais a oferta de disciplinas que discutem a sexualidade em universidades federais aparece em relação com a escola. Os dados da pesquisa foram produzidos a partir de um mapeamento realizado nas universidades, nas cinco regiões brasileiras, e mostraram uma expressiva presença de disciplinas em cursos de licenciatura. Além de realizar esse mapeamento, também analisamos algumas políticas educacionais, a fim de pensar o quanto elas têm impulsionado esse debate da sexualidade na formação de professores/as. A partir das análises empreendidas, foi possível perceber que embora a oferta de disciplinas seja mais significativa para as licenciaturas, somente em algumas o foco de discussão recai sobre a escola. Dentre os cursos de graduação, a pedagogia emergiu como o campo de saber privilegiado para as discussões da sexualidade, já que encontramos um número significativo de disciplinas sendo ministradas. Com relação às políticas educacionais, elas têm impulsionado o debate acerca da diversidade e da diferença, tornando-se pauta de debate nas ementas das disciplinas. Esses movimentos de análise nos currículos dos cursos de formação de professores/as possibilitaram-nos problematizar os deslocamentos que o dispositivo da sexualidade vem sofrendo na contemporaneidade.
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