Corporeidade e epistemologia da complexidade: por uma prática educativa vivencial
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945193169Palavras-chave:
Corporeidade, Prática educativa vivencial, Epistemologia da complexidadeResumo
Este estudo foi concebido com o objetivo de apresentar uma proposta didático-metodológica fundamentada em uma visão complexa do ser humano. A busca por tal concepção de ser humano, pressuposto filosófico de qualquer pedagogia, advém da necessidade de pensar uma prática educativa que assuma as várias dimensões humanas inerentes a esse processo, ultrapassando a perspectiva de uma educação fragmentadora. Para tanto, é apresentado o conceito de corporeidade fundamentado na obra O método, de Edgar Morin. Essa obra propõe uma epistemologia complexa que indica caminhos para a articulação das três grandes esferas do conhecimento, a saber: física, biologia e antropossociologia, a partir de três princípios epistêmicos: recursivo, dialógico e hologramático. Partindo dessa perspectiva epistemológica, fundamenta-se o conceito de corporeidade, o qual permite compreender o ser humano em quatro dimensões indissociáveis: físico-motora, afetivarelacional, mental-cognitiva e sócio-histórico-cultural. Provido dessa concepção de ser humano, são expostos os fundamentos e princípios do método de aprendizagem vivencial, bem como um modelo estrutural para a elaboração de planos de aulas vivenciais. Por fim, o estudo busca evidenciar teoricamente que o método de ensino apresentado é uma proposição didático-metodológica que se coaduna com as propostas curriculares interdisciplinares e transdisciplinares. Além disso, possibilita uma prática educativa que tem como finalidades: ensinar a condição humana, ensinar a viver, ensinar a organizar e religar os saberes e refazer uma escola de cidadania.
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