Educação, redistribuição e reconhecimento: contribuições do pensamento de Nancy Fraser para a debate sobre justiça
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202147246094Palavras-chave:
Educação, Reconhecimento, Redistribuição, JustiçaResumo
Este artigo discute as contribuições da filósofa e ativista norte-americana Nancy Fraser para o debate sobre redistribuição e reconhecimento, analisando possíveis repercussões na relação entre justiça e educação. O debate ora apresentado tem sido um dos mais fecundos nas ciências sociais nos últimos anos, com forte repercussão para as políticas sociais e educacionais. A questão é compreender em que medida as políticas priorizam aspectos mais universais, com foco no conceito de equidade e em seus desdobramentos, ou ações de reconhecimento de identidades, pauta que tem ganhado centralidade, inclusive, nos discursos educacionais a partir do debate sobre gênero. Conhecida pela sua atuação no debate sobre feminismo, Fraser tem como um de seus focos de análise a organização dos discursos e das ações políticas no contexto das lutas nacionais e transnacionais. A partir das contribuições de Fraser, busca-se compreender as tensões deste debate e as perspectivas conciliatórias entre as duas correntes. Ao final, procura-se refletir sobre como redistribuição e reconhecimento influenciam o debate educacional, especialmente no momento social e político contemporâneo. De tendência conciliadora, Fraser aponta a possibilidade de pontes entre ações políticas que valorizem as identidades dos sujeitos e as que fortaleçam lutas históricas ligadas à universalização de direitos e da justa distribuição financeira que, em países como o Brasil, ainda estão longe de serem temas de um passado distante.
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