Imaginação, racionalidade e educação: bases da criação e do conhecimento
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248240693Palavras-chave:
Imaginação, Formação humana, Criação, ConhecimentoResumo
Refletir acerca da imaginação significa pensar o próprio problema da vida criadora. Sob a perspectiva contemporânea significa ainda discutir a permanente elaboração de um novo psiquismo no qual o espírito se dispõe à abertura, ao conhecimento, que ao final é sempre um autoconhecimento. Resultante de pesquisa na área da Educação – tendo como referencial teórico-metodológico a Filosofia – este artigo propõe-se a estudar as bases conceituais da imaginação na modernidade e sua importância para a educação. Diferente do pensamento da ciência clássica, que compreende a imaginação como representação de um objeto percebido, o filósofo francês Bachelard a compreende no sentido oposto à formalização lógico-empírica da imagem, haja vista que para ele a imaginação se apresenta como instância das imagens que ultrapassam a realidade. A imaginação tem grande relevância na formação humana e na educação escolar, sendo um fator ativo de transformações que participa tanto da esfera da liberdade e da criação quanto do plano epistemológico do conhecimento e da ciência, planos esses que, embora de modos diferentes, se relacionam em seu ponto de partida com a imaginação e a fertilidade das imagens primordiais. Pode-se dizer que na educação, como em toda atividade humana, a realidade imaginária é evocada antes de ser descrita, pondo em questão o vigor da criação, o reencontro com a juventude da imaginação ativa. A natureza livre e dinâmica da imaginação é indispensável para a formação comprometida com o alargamento do espírito, cujo princípio é a livre invenção do espírito humano.
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