Percepções de professores sobre clima educacional na educação infantil de São Bernardo do Campo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-4634202349249251por

Palavras-chave:

Clima escolar, Educação infantil, Professores

Resumo

Este artigo apresenta uma pesquisa cujo objetivo foi verificar a percepção de professores da educação infantil de três escolas públicas municipais situadas em São Bernardo do Campo/SP sobre quatro dimensões do conceito de clima escolar: a) as relações sociais e os conflitos na escola; b) as regras, as sanções e a segurança na escola; c) as relações com o trabalho; d) a gestão e a participação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, que utilizou como procedimento de coleta de dados o questionário eletrônico do Clima Escolar elaborado por Vinha, Morais e Moro, em 2017, testado e validado para as escolas brasileiras. O problema da investigação gira em torno das concepções de professores das escolas pesquisadas para compreender se eles concebem como significativo o ambiente social escolar na transformação das unidades escolares em espaços adequados para a convivência sob o marco da democracia. A pesquisa aponta resultados parcialmente positivos, pois os vinte e cinco professores investigados dizem estar satisfeitos com seus gestores e se sentem valorizados em seus ambientes de trabalho. No entanto, um ponto relevante é que as crianças não participam das discussões de regras, as quais são elaboradas somente pelos gestores. As quatro dimensões do clima escolar analisadas são bastante relevantes para a (re)estruturação de ambientes de aprendizagem mais democráticos, colaborativos e autônomos, sobretudo quanto à indicação de criar meios que oportunizem vez e voz ao público da educação infantil, bem como potencializem o trabalho coletivo, autônomo e ético entre professores e gestores.

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Publicado

2023-12-22

Como Citar

Percepções de professores sobre clima educacional na educação infantil de São Bernardo do Campo. (2023). Educação E Pesquisa, 49(contínuo), e249251. https://doi.org/10.1590/S1678-4634202349249251por