Pesquisa em educação: os movimentos sociais e a reconstrução epistemológica num contexto de colonialidade

Autores

  • Danilo Romeu Streck University of Vale do Rio dos Sinos
  • Telmo Adams University of Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1517-97022012005000003

Palavras-chave:

Pesquisa em educação, Metodologias participativas, Educação popular, Movimentos sociais, Colonialidade

Resumo

O artigo busca explicitar aspectos da epistemologia que embasam uma ação investigativa coerente com a educação emancipadora na América Latina. O pano de fundo a partir do qual se desenham alternativas para o conhecimento e a transformação da realidade é constituído pelas discussões sobre a colonialidade. A história revela que, junto com a subserviência epistêmica, houve e continua havendo um movimento contra-hegemônico que valoriza não só os saberes autóctones, mas também as distintas formas de conhecer. Adota-se o conceito epistemologias do Sul, de Boaventura de Sousa Santos, para designar as expressões historicamente tornadas invisíveis e que encontram múltiplas maneiras de sobreviver, resistir e expressar-se. Após a retomada histórica de cunho filosófico-epistemológico com o intuito de contribuir para a reconstrução e a ampliação do quadro de referência teórico, discute-se o papel dos movimentos sociais na América Latina como espaço de gênese da educação popular e de formas de pesquisa participativa que podem continuar inspirando práticas investigativas transformadoras. Argumenta-se que os movimentos sociais, em que pese sua heterogeneidade política e ideológica, podem conter potencialidades teóricas capazes de constituir um lugar epistemológico de avaliação crítica das correntes ideológicas do Norte, oportunizar a disputa na interpretação das realidades e impulsionar metodologias de pesquisa participativas e promotoras de cidadania.

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Publicado

2012-03-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pesquisa em educação: os movimentos sociais e a reconstrução epistemológica num contexto de colonialidade . (2012). Educação E Pesquisa, 38(1), 243-258. https://doi.org/10.1590/S1517-97022012005000003