Processos da vida, processos da matéria: os diferentes sentidos de natureza entre biólogos e físicos

Autores

  • Carolina Lima Alves Belo Universidade Federal do Rio de Janeiro; Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde
  • Eliane Brígida Morais Falcão Universidade Federal do Rio de Janeiro; Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde
  • Flavio Silva Faria Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Biologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1517-97022012000400009

Palavras-chave:

Natureza, Representação social, Físicos, Biólogos

Resumo

Aplicamos a metodologia de análise do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para comparar as representações sociais relacionadas ao termo natureza em dois grupos de docentes pesquisadores - um de físicos, outro de biólogos - em uma universidade pública brasileira. Foram identificadas cinco classes de discurso coletivo entre os sujeitos investigados, cada uma das quais foi expressa por ambos os grupos. Dois discursos identificados - que denominamos natureza é o natural (DSC1) e natureza é tudo (DSC2) - associam natureza ao não tocado ou originalmente feito pelo homem (DSC1) e a tudo o que compõe o universo (DSC2). Embora de maior adesão em ambos os grupos, o primeiro discurso teve uma adesão mais significativa entre os físicos; o segundo, por sua vez, foi mais frequente entre os biólogos. Dentre as classes de discursos de menor adesão, uma delas foi caracterizada pela dúvida dos sujeitos sobre o significado efetivo de natureza. Os resultados foram discutidos sob duas abordagens: (a) do ponto de vista das relações entre os termos natureza e ambiente no âmbito da educação ambiental, tendo em vista a importância social dos cientistas na formação e na transmissão de conhecimentos relacionados ao assunto; e (b) do ponto de vista das diferenças de fundamentos filosóficos (ontológicos e epistemológicos) entre os dois grupos de cientistas da natureza.

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Publicado

2012-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Processos da vida, processos da matéria: os diferentes sentidos de natureza entre biólogos e físicos. (2012). Educação E Pesquisa, 38(4), 919-934. https://doi.org/10.1590/S1517-97022012000400009