Os cursos de graduação podem compensar a falta de capital cultural e background de estudantes?
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945185453Palavras-chave:
Educação superior, Estudantes de meios populares, Capital cultural, Background, DesempenhoResumo
Nos últimos tempos, em função da massificação dos sistemas e da ampliação do acesso de estudantes provenientes de contextos familiares, socioeconômicos e culturais menos favorecidos, a melhoria da qualidade e da equidade tem se tornado um importante desafio para as políticas educacionais da educação superior. Especialmente em países em fase de desenvolvimento, com atraso no processo de universalização da educação básica e grande desigualdade social, o capital cultural e o background podem prejudicar a aprendizagem e o desenvolvimento desses jovens no nível superior. Nesse contexto, o Brasil criou uma das maiores bases de dados do mundo contendo relevantes informações socioeconômicas sobre estudantes e o desempenho dos mesmos em exames aplicados em larga escala. Assim, buscando avaliar possibilidades de ampliar a equidade na educação superior e tendo como sustentação teórica a literatura internacional acerca da eficácia escolar, realizamos o cruzamento de dados empíricos entre desempenho e percepção dos discentes sobre atributos de qualidade de cursos de graduação. Os resultados encontrados no Componente Específico da avaliação Enade, em uma amostra dos cursos de Administração e Direito que atenderam preponderantemente estudantes de meios populares, permitem argumentar em favor da possibilidade de cursos de graduação conseguirem compensar, em alguma medida, a defasagem de capital cultural e de background desses graduandos.
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