A concepção de “raças” impressa nos Livros-Registros do Gabinete de Identificação d’Armada (1908-1918)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v3i3p81-94Palavras-chave:
marinha de guerra brasileira, oficiais, concepção de raçasResumo
Este trabalho tem como objetivo analisar a concepção de raças presente na Marinha de Guerra Brasileira (MB), no período de 1908 a 1918, por meio do exame dos Livros-Registros de oficiais do Gabinete de Identificação d’Armada (GIA), localizados no Arquivo da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), onde constam dados dos militares que compunham a oficialidade da MB. Através de um brevíssimo relato sobre os principais teóricos raciais brasileiros e suas percepções, podemos constatar o esteio que formava a ideologia sócio-racial predominante na sociedade brasileira, ora determinando a inferioridade das raças “não brancas”, ora sinalizando a aceitação da mestiçagem como caminho viável para a consolidação da supremacia do branco, como que por uma seleção natural. Aqui, enfatizamos o lugar central das questões raciais no Brasil, já que podiam determinar os destinos do país.
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