O poder do matrimônio no Medievo: repercussões sobre controle do homem, da mulher e a sociedade de títulos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v10i2p416-438Palavras-chave:
Casamento, Idade Média, Nobreza, SexualidadeResumo
O poder na Idade Média permite um campo de pesquisa muito além dos agentes Estado e Igreja, pois ao alargar o horizonte conceitual é percebido uma alta complexidade que não deveria ser compreendida a partir de visões simplistas. Com isso, a ideia do artigo é trazer a temática do poder dentro dessa perspectiva, sendo escolhido o matrimonio como exemplo, já que o mesmo teve um forte papel de controle social, tendo o domínio- pelo menos de acordo com fontes religiosas- as condutas tanto dos homens quanto das mulheres; tocando na questão da sexualidade humana, de forma que à regulasse e julgasse; assim como também teve o papel de dar sustento ao sistema aristocrático medieval, pois alimentava os princípios de hereditariedade, das linhagens e dos títulos sociais. Portanto, elementos essenciais para a estruturação da Idade Média- incluindo a Igreja e o Estado- que se enraizaram tão fortemente no mundo ocidental, repercutindo até tempos atuais e em países como o próprio Brasil.
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