Mambisas, feminismo e a identidade nacional feminina cubana
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v1i1p35-51Palavras-chave:
Feminismo, Revolução Cubana, Guerra de Independência Cubana, MambisasResumo
O presente artigo tem por intenção explorar a questão da identidade nacional em cruzamento com o feminismo e as políticas de igualdade de gênero em Cuba por uma perspectiva histórica partindo dos momentos pós-revolucionários do século XX. Foram utilizados livros e artigos acadêmicos tratando do tema para se realizar a análise dos aspectos propostos, buscando as rupturas e continuidades nessas questões entre o período pós-independência e o pós-revolução de 1959, dando atenção particular à figura das mambisas e como esse modelo de mulher revolucionária, original da guerra de independência, contribuiu para a construção de uma identidade nacional feminina e para uma atuação revolucionária por parte das mulheres cubanas na revolução de 1959. A análise empreendida resultou na identificação das especificidades do feminismo cubano do século XX, da lógica das políticas de igualdade de gênero empreendidas pelo governo instaurado pela revolução e de que forma a figura das mambisas condicionou o desenvolvimento desse feminismo a partir de uma identificação identitária tanto revolucionária quanto tradicional no que se refere ao papel das mulheres na sociedade cubana.
Downloads
Referências
ALLEN, Jafari Sinclaire. Looking Black at Revolutionary Cuba. Latin American Perspectives, Thousand Oaks: Sage Publications, Inc., v. 36, n. 1, Cuba: Interpreting a Half Century of Revolution and Resistance, parte 1, p. 53-62, jan. 2009.
AVERHOFF, Celia Sarrá de. A la mujer cubana. Boletín de la Alianza Nacional Feminista, v. 1, n. 1, maio 1931.
DAVIES, Catherine. National Feminism in Cuba: The Elaboration of a Counter-Discourse, 1900-1935. The Modern Language Review, Cambridge: Modern Humanities Research Association, v. 91, n. 1, p. 107-123, jan. 1996.
FÁBREGAS, Johanna I. Moya. The Cuban Woman’s Revolutionary Experience: Patriarchal Culture and the State’s Gender Ideology, 1950-1976. Journal of Women’s History, Baltimore:The Johns Hopkins University Press, v. 22, n. 1, p. 61-84, 2010.
FEDERACIÓN NACIONAL DE ASOCIACIONES FEMENINAS DE CUBA, Memória del Primer Congreso Nacional de Mujeres: Abril 1-7, 1923. Havana: Imprenta de la Universal, 1923.
NASTA, Shusheila. Motherlands: Black Women’s Writing from Africa, the Caribbean and South Asia. Londres: Women’s Press, 1991.
RIESS, Barbara. Counting Women, Women Who Count: Measures of the Revolution within the Revolution. Cuban Studies, Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, v. 42, p. 115-135, 2011.
RUBIO, Luz. Consideraciones sobre feminismo. Havana: Imp. de A. Molina, 1914.
SAMARA, Eni de Mesquita. Feminism, Social Justice and Citizenship in Latin America. Journal of Women’s History, Baltimore: The Johns Hopkins University Press, v. 6, n. 2, p. 135-143, 1994.
STONER, Kathryn Lynn. From the House to the Streets: The Cuban Woman’s Movement For Legal Reform 1898-1940. Durham: Duke University Press, 1991.
______. Militant Heroines and the Consecration of the Patriarchal State: The Glorification of Loyalty, Combat and National Suicide in the Making of Cuban National Identity. Cuban Studies, Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, v. 34,p. 71-96, 2003.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autorizo a Revista Epígrafe a publicar o trabalho (Artigo, Resenha ou Tradução) de minha autoria/responsabilidade, assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação on-line.
Eu concordo a presente declaração como expressão absoluta da verdade e me responsabilizo integralmente, em meu nome e de eventuais co-autores, pelo material apresentado.
Atesto o ineditismo do texto enviado.