LUCRECIO E ESPINOSA OU CLINAMEN E CONATUS
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2019.149491Palavras-chave:
Lucrécio, Espinosa, Clinamen, Conatus, Liberdade, NecessidadeResumo
Este artigo compara e contrasta dois conceitos filosóficos provenientes de distintas linhagens de pensamento: de um lado, o clinamen de Lucrécio; do outro, o conatus de Espinosa. O que fomentou minha pesquisa foi uma conjugação dessas noções tal como proposto por Deleuze no apêndice de seu Logique du sens. Nesse sentido, a primeira seção está orientada tendo em vista uma elucidação da filosofia de Lucrécio — consequentemente, também a de Epicuro — e, especificamente, uma interpretação do desvio dos átomos ou clinamen em combinação com o tópico da liberdade. A segunda seção se dedica a clarificar a metafísica de Espinosa e a acomodação do tema da liberdade dentro de seu robusto enquadramento necessitário, entrelaçado com o motivo do conatus ou esforço de auto-preservação. Contra a leiture de Deleuze, entretanto, argumentarei que clinamen e conatus pertencem à sistemas metafísicos que são praticamente incompatíveis e que corroboram um entendimento diferente sobre liberdade e necessidade.
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