A gênese imaginativa da ideia de futuros contingentes em Espinosa e o argumento da batalha naval
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2022.193129Palavras-chave:
Espinosa, Aristóteles, Futuros contingentes, Batalha naval, Imaginação, TempoResumo
Este trabalho opõe o sistema espinosano tal como expresso nas partes I e II da "Ética" ao argumento da batalha naval. Faz-se isso primeiro enquanto preservadas todas as premissas, e em seguida enquanto extraída de seu sistema a explicação de Espinosa da gênese imaginativa da ideia de futuros contingentes. Examinar as implicações dessa explicação sobre o argumento da batalha naval — cuja conclusão é a realidade de futuros contingentes— é o principal objetivo do artigo. Propõe-se como resultado desse exame um enfraquecimento da relevância ontológica e ética do argumento aristotélico e, mais amplamente, a manifestação de um problema a argumentos que têm a concepção vulgar de tempo como parte de suas premissas.
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