Os quatro preceitos metodológicos do Discurso do Método

Autores

  • César Augusto Battisti Universidade Estadual do Oeste do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2022.196111

Palavras-chave:

Descartes, Discurso do Método, Autossuficiência do Método, Procura da Verdade, Dificuldade, Ordem

Resumo

O artigo se propõe a cumprir dois objetivos: a) avaliar em que sentido podemos atribuir autossuficiência aos famosos quatro preceitos metodológicos da Segunda Parte do Discurso do Método; b) propor uma leitura destes preceitos que considere seu entorno, as outras obras metodológicas e o pensamento cartesiano como um todo, mas, principalmente, que reavalie elementos metodológicos tanto pouco quanto excessivamente valorizados. As conclusões correspondentes mais importantes são: (1) os quatro preceitos do Discurso contêm a totalidade do método, mas apenas de uma forma condensada; e, como tais, eles não são autocompreensíveis; 2) uma boa compreensão do método deve englobar outros textos (a começar pelos que compuseram a publicação de 1637), mas principalmente deve calibrar o peso de cada preceito em razão de sua função e do que lhe é atribuído executar, sendo o segundo o mais depreciado dentre eles.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ACCIOLY, C. B. C. (2011). Territorialidades e saberes locais: muros e fronteiras na construção do saber acadêmico. Caderno CRH, v. 24, n. 63, p. 679-691, set./dez.

BATTISTI, C. A. (2002). O método de análise em Descartes: da resolução de problemas ao sistema de conhecimento. Cascavel: Edunioeste.

BATTISTI, C. A. (2017). É possível as Meditações procederem dedutivamente e, ao mesmo tempo, necessitarem da clareza e distinção como critério de verdade? Modernos & Contemporâneos, v. 1, n. 2, p. 57-69, jul./dez.

BELAVAL, Y. (1960). Leibniz critique de Descartes. Paris: Gallimard.

DESCARTES, R. (1983). Discurso do método; Meditações; Objeções e respostas; As paixões da alma; Cartas. 3 ed. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural.

DESCARTES, R. (1985). Regras para a direcção do espírito. Trad. João Gama. Lisboa: Edições 70.

DESCARTES, R. (1996). Oeuvres. Publicadas por Charles Adam e Paul Tannery (AT). Paris: Vrin. 11 vol.

DESCARTES, R. (2009). O mundo, O homem. Trad. C. A. Battisti e de M. C. de O. F. Donatelli. Campinas: Unicamp.

DESCARTES, R. (2018). Discurso do método & Ensaios. São Paulo: Ed. UNESP.

GILSON, É. (1987). Discours de la méthode: texte et commentaire. 6 ed. Paris : Vrin.

GRIMALDI, N. (1978). L’expérience de la pensée dans la philosophie de Descartes. Paris : Vrin.

JOLIBERT. B. (2020). Descartes em Questions: L’urgence d’un retour aux textes. Paris: L'Harmattan.

KAMBOUCHNER, D. (2015). Descartes n’a pas dit […]. Paris: Les Belles Lettres.

LOPARIC, Z. (1997). A procura de Descartes segundo a ordem das dificuldades. In: Descartes Heurístico. Campinas: IFCH/ UNICAMP. p. 17-76.

Downloads

Publicado

2022-12-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Battisti, C. A. (2022). Os quatro preceitos metodológicos do Discurso do Método. Cadernos Espinosanos, 47, 37-62. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2022.196111