As Regulae de Descartes e o reformismo lógico seiscentista

Autores

  • Cristiano Novaes de Rezende Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2022.199610

Palavras-chave:

Ato mental, Crítica ao formalismo, Arnauld, Espinosa, Kant

Resumo

Seguindo de perto a caracterização que Robert Blanché faz da lógica dos modernos em seu livro História da Lógica de Aristóteles a Bertrand Russell, pretendo mostrar como as Regulae de Descartes instanciam paradigmaticamente algumas das principais características das lógicas reformadas, típicas desse momento histórico. O próprio Blanché oferece vários exemplos do pertencimento de Descartes a esse contexto. De minha parte, pretendo contribuir com a discussão realizando um exame mais detalhado da parte final da Regra X, na qual desponta, já nesta que é uma das primeiras obras de Descartes, certa noção de atividade mental, que está em relação tanto com as críticas cartesianas às matemáticas, no Discurso do Método, quanto com o argumento do cogito, nas Meditações.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ARIEW, R. (2006) Descartes, the First Cartesians, and Logic. v. III New York: Oxford Studies in Early Modern Philosophy.

ARNAULD, A.; NICOLE, P. (2016). A lógica ou a arte de pensar. Tradução de Nuno Fonseca. 1ª. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian.

BLANCHÉ, R. (1985) História da Lógica de Aristóteles a Bertrand Russell. Lisboa: Edições 70.

BOCHENSKI, I. M. (1970) A History Of Formal Logic. New York: Chelsea Publishing Company.

DESCARTES, R. (1902) Discours de la Méthode.Oeuvres de Descartes, Tome VI. Publiée par Charles Adam et Paul Tannery (AT). Paris : Léopold Cerf, imprimeur-éditeur.

DESCARTES, R. (1904) Meditationes de Prima Philosophia. Oeuvres de Descartes, Tome vII. Publiée par Charles Adam et Paul Tannery (AT). Paris : Léopold Cerf, imprimeur-éditeur.

DESCARTES, R. (1908) Regulae ad directionem ingenii. Oeuvres de Descartes, Tome X. Publiée par Charles Adam et Paul Tannery (AT). Paris : Léopold Cerf, imprimeur-éditeur.

GUEROULT, M. (2016) Descartes segundo a ordem das razões. São Paulo: Discurso Editorial.

KANT, I. (1992) Lógica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

KNEALE, W.; KNEALE, M. (1991) O desenvolvimento da lógica. Lisboa: Calouste Gulbenkian.

LAPORTE, J. (1988) Le Rationalisme de Descartes. Paris: PUF.

Downloads

Publicado

2022-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Rezende, C. N. de . (2022). As Regulae de Descartes e o reformismo lógico seiscentista. Cadernos Espinosanos, 46, 31-48. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2022.199610