A modernidade cartesiana: um caminho em aberto?
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2024.223471Palavras-chave:
Descartes, Kant, Hegel, Subjetividade, SujeitoResumo
O presente artigo retoma uma discussão apresentada por Marilena Chaui, em Um anacronismo interessante, para refletirmos sobre a herança cartesiana e sua apropriação, sobretudo, pelo idealismo alemão, a exemplo de Kant e Hegel. Nossa hipótese é a de que existe uma leitura equívoca de Descartes a qual o estabelece como o precursor do conceito de sujeito como subjetividade, que surgiria desde então como condição de possibilidade para o fazer da filosofia ou para sua interpretação. Essa chave de leitura permite então realizarmos a discussão daquilo que Alquié, em Descartes et l’ontologie négative e em A filosofia de Descartes, propõe sobre o estatuto das ideias cartesianas na contemporaneidade. Dessa forma, concluímos ser necessário renovar sempre o convite à entrada no universo conceitual e argumentativo de uma filosofia. Além disso, defendemos a hipótese de que a modernidade não é um projeto único, mas sim em aberto.
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