LEO STRAUSS E O PRETENSO “MATERIALISMO ATEU”

Autores

  • André Menezes Rocha

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2014.83783

Palavras-chave:

teológico-político, Strauss, materialismo ateu, Schmitt.

Resumo

Analisaremos uma leitura antimarxista da obra de Espinosa. Com uma escrita sedutora, Strauss pretende mostrar que a subversão de Espinosa consistia em propagar, sob a forma do ensinamento oculto, o “materialismo ateu”. Ora, esta imagem, como se sabe, nos tempos da guerra-fria era forjada pela propaganda anticomunista. O método de Leo Strauss é guiado pelo conceito do político de Carl Schmitt que foi elaborado em polêmica mortal contra o liberalismo político e o socialismo para dar fundamentos “ontológicos” à teoria das elites. Sob a aparência de desvendar o ensinamento subversivo oculto da filosofia de Espinosa, Leo Strauss sobrepõe-lhe um sentido que lhe é estranho, impõe-lhe uma marca que não é sua e inaugura, quiçá de maneira oculta, uma nova matriz para leituras antimarxistas da obra. Neste artigo analisamos o método e alguns resultados da leitura que Leo Strauss propõe para o Tratado Teológico-Político de Espinosa.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Como Citar

Menezes Rocha, A. (2014). LEO STRAUSS E O PRETENSO “MATERIALISMO ATEU”. Cadernos Espinosanos, 1(30). https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2014.83783