Saber, ação e afeto: o problema da acrasia em Aristóteles e Espinosa

Autores

  • Marcos Ferreira de Paula Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2007.89299

Resumo

Uma passagem do Livro VII da Ética a Nicômaco e uma outra do De Anima de Aristóteles nos permitem mostrar que o Filósofo está muito próximo da "solução" que Espinosa oferece ao problema da acrasia (incontinência ou fraqueza da vontade). Ao circunscrever tal problema no campo do apetite e do prazer (epithymia), introduzindo a noção de desejo (oréxis) como motor da ação prática, Aristóteles aponta para uma idéia de conhecimento afetivo, que no entanto que só será plenamente desenvolvida bem mais tarde, pela teoria dos afetos presente na Ética de Espinosa. Veremos que nesta última o problema da acrasia ganha outro estatuto e uma "solução". Mas se a solução do problema não foi formulada plenamente por Aristóteles, tentaremos mostrar que, embrionária, ela já estava lá, e Artistóteles pode então ser visto como um precursor da teoria do conhecimento de Espinosa. 

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Biografia do Autor

  • Marcos Ferreira de Paula, Universidade de São Paulo
    Doutorando do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo

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Publicado

2007-06-15

Edição

Seção

Não definida

Como Citar

Paula, M. F. de. (2007). Saber, ação e afeto: o problema da acrasia em Aristóteles e Espinosa. Cadernos Espinosanos, 16, 61-88. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2007.89299