A constituição da subjetividade e a ilusão do finalismo: elementos de uma teoria da ideologia

Autores

  • Alexandre Arbex Valadares Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2011.89433

Palavras-chave:

Spinoza, Imaginação, Althusser, Ideologia

Resumo

Este artigo propõe estabelecer uma correlação entre a concepção de Spinoza acerca da imaginação e a teoria da ideologia de Althusser. Compreendida em seu modo de funcionamento e nos seus efeitos sobre a percepção dos homens acerca de seu corpo, de suas ideias e das coisas que a afetam, a imaginação, segundo a acepção spinozista, passa a constituiria a forma da consciência subjetiva ao operar no mundo da política. Marcada pela regularidade e previsibilidade dos processos causais e pela reprodução das relações, a ordem política se afiguraria à imaginação como uma ordem teleológica, cuja repetição fixaria, como verdades universais, as ideias das imagens das coisas na forma com que estas se apresentariam mais recorrentemente à percepção dos homens. À estabilidade das relações e das imagens sob as quais os homens as representam corresponderia a estabilidade dos modos de pensar sob os quais eles representam a si mesmos no interior da ordem política. Os conteúdos da consciência – da imaginação politicamente estruturada – seriam, desse ponto de vista, sempre conteúdos ideológicos.

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Biografia do Autor

  • Alexandre Arbex Valadares, Universidade Federal do Rio de Janeiro
    Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; membro do Grupo SpiN: estudos sobre Spinoza e Nietzsche

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Publicado

2011-12-15

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Valadares, A. A. (2011). A constituição da subjetividade e a ilusão do finalismo: elementos de uma teoria da ideologia. Cadernos Espinosanos, 25, 113-129. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2011.89433