Imaginação e superstição no tratado teológico político (Cap. I ao XV)

Autores

  • Rogério Silva de Magalhães Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2008.89345

Palavras-chave:

Imaginação, Superstição, Religião, Medo, Poder.

Resumo

Neste artigo, procura-se demonstrar que, para Espinosa, do capítulo I ao XV do TTP, a imaginação e a superstição estão diretamente vinculadas ao sentimento do medo na medida em que o medo e a superstição revelam uma possibilidade de manifestação confusa e inadequada da imaginação, a qual nem sempre opera de forma negativa. De fato, a superstição e crença desmesurada no poder da imaginação são causadas, em geral, pelo medo de males futuros ou de não obter os bens almejados. A religião, construída sob esse edifício, isto é, a partir da idéia de um Deus contingente, cuja imagem está impregnada de superstição, surge como uma espécie de refúgio contra esse medo, minando assim a potência de agir do homem. Contudo, diferentemente do que se possa pensar, o efeito não é somente o ofuscamento da razão por uma vida regida por esse tipo de religião, há também implicações políticas nessa relação entre medo, imaginação e superstição. Segundo Espinosa, quanto mais mistério tiver a religião, mais medo será possível incutir na mente dos homens, abrindo assim uma porta para a manipulação e dominação não só no campo teológicometafísico, mas também no político

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Biografia do Autor

  • Rogério Silva de Magalhães, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Bacharelando em filosofia na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

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Publicado

2008-12-15

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Magalhães, R. S. de. (2008). Imaginação e superstição no tratado teológico político (Cap. I ao XV). Cadernos Espinosanos, 19, 103-120. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2008.89345