Esta é uma versão desatualizada publicada em 2021-06-30. Leia a versão mais recente.

Aspectos da ação voluntária em Hobbes

Autores

  • Celi Hirata USP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.181939

Palavras-chave:

Ação voluntária, Liberdade, Obrigação, Direitos de resistência, Leviatã

Resumo

Hobbes concede uma importância inédita à ação voluntária, na medida em que defende que a origem de toda obrigação é um ato voluntário daquele que se obriga, uma vez que todos são naturalmente livres e iguais e não há obrigações naturais. Por um lado, Hobbes desloca a discussão sobre a voluntariedade das ações e alarga a concepção do que pode ser considerado uma ação voluntária em relação à tradição que remonta a Aristóteles, sendo que, para ele, uma ação praticada por medo é tão voluntária quanto uma outra realizada por algum desejo. Por outro, o autor limita as ações voluntárias àquelas ações que visam ao bem do agente. Trata-se de uma impossibilidade: ninguém age senão em vista de seu próprio bem. Neste artigo pretendo explorar esses aspectos da teoria da ação voluntária em Hobbes e indicar como esses posicionamentos se acentuam no Leviatã.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ARISTÓTELES. (1979) “Ética a Nicômaco”. In: aristóteles.Coleção Os Pensadores, ii. São Paulo: Abril.

___________. (2008) Ethica Nicomachea I 13 - III- 8: Tratado da virtude moral. Tradução e seleção de M. Zingano. São Paulo: Odysseus

HOBBES, T. (1839) [1656]“The questions concerning liberty, necessity and chance”. In: The English Works of Thomas Hobbes of Malmesbury, vol. V. Londres: John Bohn

_________. (1976) Thomas White’s De Mundo examined. Tradução para o inglês de H. W. Jones. Londres: Bradford University Press

_________. (2002) [1642]Do Cidadão. Tradução de R. J. Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes.

_________. (2010) [1640]. Os elementos da lei natural e política. Tradução de B. Simões. São Paulo: Martins Fontes

_________. (2014) [1651]. Leviatã ou matéria, forma e poder de uma república eclesiástica e civil. Tradução de J. P. Monteiro, M. B Silva e C. Berliner. Terceira edição. São Paulo: Martins Fontes.

Downloads

Publicado

2021-06-30

Versões

Edição

Seção

Artigos

Como Citar