A estrutura afetiva dos tipos de governo em Hobbes. I Pressupostos

Autores

  • Fernando Dias Andrade Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.181311

Palavras-chave:

Prazer e dor, Medo, Honra e glória, Medo vão e vã glória, Estado de Natureza, Hobbes

Resumo

Os pressupostos da estrutura afetiva dos tipos de governo em Hobbes dizem respeito aos afetos fundamentais que determinam as ações humanas desde o estado de natureza, em especial o medo, o egoísmo e a glória. O medo, para Hobbes, talvez seja o afeto mais restritivo da liberdade natural no estado de natureza e, ao contrário, a principal condição para a obtenção da paz no estado civil, mas a esperança de glória é tão relevante quanto o medo para a transformação do homem natural num ser social e, posteriormente, num súdito e num cidadão. 

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Biografia do Autor

  • Fernando Dias Andrade, Universidade Federal de São Paulo

    é, desde 1998, professor de Filosofia do Direito, Ética e Filosofia Política e História da Filosofia Moderna. Possui graduação (1997), doutorado (1998-2001, bolsa Fapesp) e pós-doutorado (2003-2006, bolsa Fapesp) pela Universidade de São Paulo, além de pós-doutorado no exterior (Paris, 2005; Amsterdam, 2006; bolsa Fapesp) pela Université de Rennes I. É pesquisador e tradutor de Filosofia Política e Filosofia moderna do Direito, em especial Espinosa, Hobbes e os seiscentistas holandeses, além de autor de capítulos e artigos sobre estes e outros autores, como Locke, Beccaria, Rawls e Agamben. Desde 1994, é membro fundador do Grupo de Estudos Espinosanos da USP, coordenado pela Profª Drª Marilena de Souza Chauí. É Integrante da comissão editorial (desde 1996) e parecerista (desde 2004) dos Cadernos espinosanos, além de parecerista dos Cadernos de Ética e Filosofia Política (desde 2007). É vinculado a dois GTs na ANPOF: GT Pensamento do Século XVII (desde 2000) e GT Filosofia e Direito (desde 2004), dentre outros. Seus interesses de pesquisa em geral englobam, numa perspectiva cronológica (e em especial nos cursos de Graduação), a história da Filosofia do Século XVII assim como os reflexos desta no pensamento contemporâneo; e, numa perspectiva temática (e em especial nos cursos de pós-graduação), a História da Filosofia do Direito, da Ética e da Filosofia Política, a Filosofia dos direitos humanos, as teorias da democracia e as teorias da justiça. Seu tema principal de pesquisa é, desde 1996, a filosofia do direito de Espinosa, a partir da qual pensa tanto o pensamento jurídico do Século XVII (especialmente a Filosofia do direito romano-holandês) quanto as questões contemporâneas do direito, da justiça e da democracia; tais pesquisas integraram, desde seu pós-doutorado, dois projetos temáticos na USP vinculados à Fapesp: “Experiência e razão no Século XVII” (2003-2007) e “Ruptura e continuidade” (2008-2012). Atualmente é Livre-Docente e Professor Associado II de História da Filosofia no curso de Filosofia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde também é orientador na graduação e na pós-graduação e coordenador do Grupo de Estudos de História da Filosofia do Direito (GEFiD).

Referências

HOBBES, T. (1647). Elementa philosophica de cive. Amsterodami [Amsterdam]: Ludovicum Elzevirum.

HOBBES, T. (1651a). Philosophicall Rudiments Concerning Government and Society. London: Royston.

HOBBES, T. (1651b). Leviathan, or The Matter, Forme, & Power of a Commonwealth, Ecclesiasticall & Civill. London: Andrew Crooke.

HOBBES, T. (1969). The Elements of Law, Natural & Politic. 2nd ed., New York: Barnes & Noble.

HOBBES, T. (1992). Do cidadão. Tradução por Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes.

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Publicado

2021-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Andrade, F. D. (2021). A estrutura afetiva dos tipos de governo em Hobbes. I Pressupostos. Cadernos Espinosanos, 44, 61-94. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2021.181311