Práticas de vida. Entre Semiótica, comunicação e política
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2017.138409Palavras-chave:
práticas, semiótica, comunicação, políticaResumo
O objetivo do presente artigo é reafirmar e debater a necessidade de uma perspectiva sociosemiopolítica e semiótico-comunicacional no estudo das práticas de vida. Defende-se a tese de que tal abordagem deveria fundar-se em dois movimentos teórico-metodológicos: (i) na edificação de pontes entre a análise de micro e a análise de macro configurações de sentido, que revelem os elos que as práticas tecem com outras práticas, textos, discursos e ideologias do universo ou dos universos socioculturais em que se inscrevem, a fim de desvendar as relações de força que se escondem nos meandros da existência, bem como as resistências que os sujeitos lhe opõem; (ii) no vínculo entre a análise das práticas “em ato” e à análise de suas representações discursivas, sejam estas produzidas pelos sujeitos nelas envolvidos ou por enunciadores externos. Nesta perspectiva, o que define a identidade de uma prática não é apenas o ato performativo ou a cena predicativa “em si”, mas também as narrações – principalmente, hoje em dia, as narrações midiáticas, tanto das velhas quanto das novas mídias digitais – que, de algum modo, a instruem, a moldam e a dirigem, contribuindo, para usarmos os termos de Paul Ricoeur, a configurar, refigurar e, muitas vezes, prefigurar seu sentido.Downloads
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Publicado
2017-09-25
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
Práticas de vida. Entre Semiótica, comunicação e política. (2017). Estudos Semióticos, 13(1), 28-39. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2017.138409