O tempo no cinema: as influências da montagem na linguagem sincrética
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2017.138410Palavras-chave:
linguagem sincrética, semiótica, cinema, montagemResumo
A arte do cinema possui especificidades materiais e formais em sua construção enquanto linguagem, tendo em vista que se constitui como um sistema de significação com funcionamento específico, o que o torna diferente das linguagens verbal, sonora, visual e de outras formas de expressão. Compreendemos que a importância da técnica de montagem na organização e na concepção da narrativa fílmica era fundamental para os realizadores e os teóricos do cinema desde o início do século XX, pois os diversos efeitos conferidos à significação a partir desse artifício técnico eram investigados e experimentados. Em relação à construção temporal nas composições fílmicas lineares, geralmente a noção de anterioridade e posterioridade é construída na ordem direta do tempo cronológico que corresponde ao fluxo narrativo e move sua continuidade. A dimensão do tempo possui a peculiaridade de se desenvolver em valores formais específicos, de organizar o espaço e outros elementos diegéticos, como a música, em uma série temporal, bem como conferir a impressão de realidade ao cinema. Observaremos, portanto, algumas formas peculiares da montagem influenciar a construção temporal dos filmes. Dessa maneira, analisaremos trechos dos filmes Gata velha ainda mia (2013), de Rafael Primot; 2001, uma odisseia no espaço (1968), de Stanley Kubrick e Melancolia (2011), de Lars von Trier, para comentar especificidades da montagem na linguagem sincrética.
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