Por que Greimas?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2018.144305

Palavras-chave:

figuratividade, mundo natural, cinco sentidos, conversão, Semântica Estrutural

Resumo

Um número reduzido de fatores influencia nossas escolhas acadêmicas. Enquanto estudantes, todos temos inclinações, tais como as disciplinas preferidas; expectativas, por exemplo, no tipo de qualificação que queremos desenvolver; um estilo de pensamento, que contribui para que um se sinta confortável, digamos, com semântica cognitiva, mas não com outras abordagens. Esses fatores orientam nossas escolhas, e contribuem com a construção de nosso repertório. Porém, isso não é tudo. O imponderável pode surgir e reforçar ou redirecionar nossas escolhas anteriores. Por acaso, um dia me deparei com Semântica estrutural, de Greimas, livro que não apenas acalmou minhas inquietações estudantis, mas também apresentou novas perspectivas, entre as quais o “mundo natural” como tendo papel no “nascimento” do sentido, e uma discussão inicial sobre a complexidade do conceito de figuratividade, tanto no “mundo natural”, como no discurso. A primeira, figuratividade no “mundo natural”, dizia respeito à informação que os cinco sentidos nos fornecem sobre o mundo, enquanto a remetia às imagens evocadas no discurso. Aqui, a complexidade do conceito de figuratividade é destacada e apresentada por dois pontos de vista. Ademais, sugere-se que a figuratividade é transversal ao percurso gerativo do sentido, proporcionando a “energia” necessária para a conversão de um nível a outro superior (em direção à superfície). A intenção de encorajar tal debate subjaz a maior parte desta contribuição.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Elizabeth Harkot-de-La-Taille, Universidade de São Paulo

    Professora Livre-Docente do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo (FFLCH, USP)

Referências

Dosse, François. 1993. História do estruturalismo. Volume I: O campo do signo (1945-1966). Trad. Álvaro Cabral. Campinas: Ed. da Unicamp (Ensaios).

Greimas, Algirdas Julien. 1976 [1966]. Semântica estrutural. Trad. Haquira Osakabe e Izidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix. [Ed. fr. Sémantique structurale. Paris : Larousse]

Greimas, Algirdas Julien. 1984. Sémiotique figurative et sémiotique plastique. Actes Sémiotiques - Documents, VI, 60. Republicado em Actes Sémiotiques [online], 119, 2016.

Disponível em: http://epublications.unilim.fr/revues/as/pdf/5507

Greimas, Algirdas Julien. 1987. De l’Imperfection. Périgueux : Fanlac. [Ed. br. Da imperfeição. Trad. Ana Claudia de Oliveira. SãoPaulo: Hacker, 2002].

Greimas, Algirdas Julien; Courtés, Joseph. 1983. Dicionário de semiótica. Trad. Alceu Dias Lima et al. São Paulo: Cultrix, s/d.

Kuhn, Thomas S. 2006. O caminho desde a estrutura 1970-1993 (com entrevista autobiográfica). Trad. César Mortari. São Paulo: Editora da UNESP.

Landowski, Eric. 2017. Com Greimas: interações semióticas. São Paulo: Estação das Letras e Cores, Centro de Pesquisas Sociossemióticas.

Downloads

Publicado

2018-03-14