Semissimbolismo como estratégia didática na Semiótica Visual

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2019.157125

Palavras-chave:

Semissimbolismo, Ensino, Metodologia, Semiótica visual

Resumo

Ao longo das pesquisas semióticas, os modelos teóricos ligados ao plano da expressão não obtiveram o mesmo desenvolvimento que o plano do conteúdo. Enquanto o percurso gerativo do sentido possui flexibilidade ao integrar fatores concretos (nível discursivo) e abstratos (nível fundamental) em um mesmo modelo, o plano da expressão ainda carece da mesma versatilidade. A partir dessa configuração metodológica, verificamos na semiótica plástica proveniente das investigações de Jean-Marie Floch e na semiótica tensiva desenvolvida por Claude Zilberberg os problemas enfrentados para a constituição de um modelo mais conforme ao plano do conteúdo. A partir de Tatit (2014), procuramos mostrar a disjunção dessas duas abordagens sobre o semissimbolismo em função das premissas hjelmslevianas de empirismo (exaustividade, não-contradição e simplicidade), de arbitrariedade e de adequação. Logo, a abordagem flochiana, ligada ao objeto, seria menos arbitrária e mais adequada, ao passo que a semiótica tensiva, ligada à estrutura, seria mais arbitrária e menos adequada. Portanto, busca-se na exposição dessas diferenças uma estratégia didática que desenvolva as habilidades de abstração do aluno a fim de proporcionar-lhe as bases para o desenvolvimento de competências ligadas à análise textual e à avaliação do próprio modelo semissimbólico na semiótica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Thiago Moreira Correa, Universidade de São Paulo

    Doutor em Semiótica e Linguística geral pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), SP, Brasil.

Referências

BLOOM, Benjamin Samuel. Taxionomia de Objetivos Educacionais. Rio de Janeiro: Globo, 1983.
DUBOIS, Jean et al. Dicionário de linguística. São Paulo, Cultrix, s/d.
FIORIN, José Luiz. Em busca do sentido: estudos discursivos. São Paulo: Contexto, 2008.
FIORIN, José Luiz. O projeto hjelmsleviano e a semiótica francesa. Galáxia, abr. n. 5, pp. 19-52 São Paulo, 2003.
FLOCH, Jean-Marie. Petites mythologies de l’œil et de l’esprit. Pour une sémiotique plastique. Paris‐Amsterdam: Hadès‐Benjamins, 2014. (E-book.)
GREIMAS, Algirdas Julien. Sobre o sentido II: ensaios semióticos. São Paulo: Edusp, 2014.
GREIMAS, Algirdas Julien. Du sens: essais sémiotiques. Paris: Éd. du Seuil, 1970.
GREIMAS, Algirdas Julien; COURTÉS, Joseph. Dicionário de Semiótica. São Paulo: Contexto, 2008.
HJELMSLEV, Louis. Prolegômenos a uma teoria da linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2006.
LEMOS, Carolina. Lindenberg. Semissimbolismo e as categorias tensivas subjacentes. Gragoatá, Niterói, n. 40, p. 339-353, 2016.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O olhar distanciado. Lisboa: Edições 70, 1986.
TATIT, Luiz. Todos entoam: ensaios, conversas e lembranças. São Paulo: Ateliê, 2014.

Downloads

Publicado

2019-12-23

Como Citar

Semissimbolismo como estratégia didática na Semiótica Visual. (2019). Estudos Semióticos, 15(2), 133-142. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2019.157125