Duas concepções de enunciação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2020.172329

Palavras-chave:

Mediação, Percurso gerativo, Enunciação enunciada, Práxis enunciativa, Colocação em presença, Predicação

Resumo

Greimas, ao elaborar a noção de percurso gerativo do sentido, para explicar as abstrações realizadas no ato de ler um texto, toma de Benveniste o conceito de enunciação como instância de mediação, mas reelabora-o. Uma instância é um conjunto de categorias que cria um domínio teórico e, por conseguinte, um domínio de análise. Este trabalho tem o objetivo de expor as razões epistemológicas que levaram Greimas a dar à enunciação um determinado lugar no percurso gerativo e de mostrar o alcance do conceito greimasiano de enunciação, ou seja, as categorias e operações compreendidas por ele. Em seguida, apresenta as modificações aportadas ao conceito greimasiano pela semiótica tensiva e discute a possibilidade ou não de conciliar os dois modelos.

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Biografia do Autor

  • José Luiz Fiorin, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Linguística

    Professor Associado (aposentado) do Departamento de Linguística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).

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Publicado

2020-07-31

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