Graus de concessão: as dinâmicas do inesperado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2020.172392

Palavras-chave:

Semiótica, Abordagem tensiva, Graus de concessão

Resumo

Com os desdobramentos da abordagem tensiva, a semiótica se abre para a vetorialização de dicotomias e para uma investida clara no tratamento operacional dos processos. Partindo do próprio cerne dos mecanismos preconizados por essa vertente teórica, o artigo apresenta uma via de acesso à dinamização da oposição entre implicação e concessão, propondo graus de concessão cuja amplitude é demarcada desde a concessão mais tênue possível, que tem como correlato a implicação forte, ou manutenção exata da expectativa criada, até, no outro extremo, ao ápice da quebra de expectativa no “acontecimento”. Trazer esse dinamismo nos possibilita entender melhor as demandas perceptivas de um texto e até mesmo criar desenhos tensivos, medindo o impacto de cada quebra em vista da expectativa criada e do desenvolvimento proposto.

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Biografia do Autor

  • Mariana de Souza Coutinho, Universidade Federal Fluminense

    Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil.

  • Renata Mancini, Universidade Federal Fluminense

    Docente do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil.

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Publicado

2020-09-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Graus de concessão: as dinâmicas do inesperado. (2020). Estudos Semióticos, 16(2), 13-34. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2020.172392