Regimes de sentido e interação na construção do corpo na mídia semanal
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2011.35266Palavras-chave:
corpo, construção identitária, regimes de sentido e interação, semiótica discursiva, mídia impressaResumo
O artigo propõe analisar a produção de sentido nas formas de presentificação do corpo na mídia de informação semanal, tratando o universo de discurso midiático como lócus de interação social. Para isso, fundamenta-se nos estudos da semiótica discursiva desenvolvida por Algirdas Julien Greimas e seus colaboradores, detendo-se mais especificamente na sociossemiótica de Eric Landowski, na semiótica plástica de Jean-Marie Floch e nas pesquisas sobre moda e identidade, de Ana Cláudia de Oliveira. Toma como objeto de estudo as capas das principais representações do segmento de informação semanal no mercado editorial brasileiro – as revistas Veja, da editora Abril, Época, da editora Globo e Istoé, da editora Três – veiculadas no período compreendido entre 2000 e 2006. A observação das reiterações temáticas e figurativas, guiadas por elementos invariantes e variantes, conduziu-nos à percepção de duas grandes isotopias – saúde e esteticidade – em torno das quais se organizam as construções discursivas analisadas. A partir daí, observamos a construção de simulacros de corporeidades que se referem a um modo de presença predominantemente subjetivo e um modo de presença predominantemente objetivo. Baseados nesses regimes de presença, propomos uma tipologia dos modos de encenação do corpo relacionada aos diferentes regimes de sentido e interação. A análise dos mecanismos de enunciação em correlação com os regimes de sentido e interação levou-nos à observação da maneira como essa mídia opera na comunicação de informações sobre o corpo promovendo valores subjacentes às construções identitárias do sujeito da atualidade.
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