Modalidade, paixão e aspecto

Autores

  • Eduardo Calbucci Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Departamento de Linguística

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2009.49249

Palavras-chave:

modalidade, paixão, aspecto, modalização, aspectualização

Resumo

A complexidade da análise semiótica deve-se, em muitos casos, à indesejada polissemia de alguns conceitos, que nem sempre são empregados da mesma forma por pesquisadores diferentes. Na tentativa de facilitar a utilização de alguns termos técnicos na análise discursiva, este artigo fará uma retomada de três desses conceitos problemáticos: modalidade, paixão e aspecto. Partindo dos primeiros trabalhos de Algirdas Julien Greimas e chegando às conquistas teóricas dos estudiosos da tensividade, como Claude Zilberberg e Jacques Fontanille, procuraremos estabelecer correlações e distinções entre os processos de modalização e de aspectualização, estudando como esses processos interferem na questão das paixões. Começaremos pelas modalidades, mostrando como, de início, a análise modal estava ligada ao percurso do /fazer/ nas transformações narrativas e como o estudo posterior do percurso do /ser/ abriu espaço para as paixões. Em seguida, discutiremos como as paixões entraram na análise semiótica e como esse conceito está intimamente associado ao problema da tensividade. Por fim, trataremos do aspecto: primeiro de acordo com uma definição morfológica e, depois, aumentando-lhe o raio de alcance teórico, para tentar abarcar algumas das acepções atuais da noção de aspectualização. A todo tempo, teremos a preocupação de posicionar nossa discussão dentro dos níveis do percurso gerativo de sentido.

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Publicado

2009-12-07

Edição

Seção

Artigos