A configuração patêmica no conto “A Escola da Noite”, de Rubens Figueiredo

Autores

  • Luiz Carlos Migliozzi Ferreira de Mello Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2012.49382

Palavras-chave:

semiótica das Paixões, medo, literatura

Resumo

O objetivo geral deste artigo é analisar a configuração do medo no conto “A escola da noite”, de Rubens Figueiredo. A análise é feita a partir do referencial teórico da Semiótica de linha francesa. Para tanto, resgata-se o conceito de paixão. Reflete-se, ainda, sobre alguns aspectos teóricos e metodológicos para se proceder à análise do conto, tais como arranjos modais, micro e macrossintaxes passionais, paixões mencionada e representada, paixões simples e complexas. Como o enredo do conto se desenrola em torno do medo, o objetivo específico deste artigo é mostrar como o conto se configura discursivamente de modo a criar o efeito de sentido da paixão do medo. Pela análise, mostra-se, por exemplo, como a sintaxe passional do medo está diretamente relacionada a outras paixões, como a frustração, a desconfiança e a raiva. O medo sentido por Andréia, personagem principal, é sempre dissimulado. Assim, em relação às demais personagens, ele é mantido em segredo. Portanto, o medo estrutura-se a partir do eixo ser versus parecer. A personagem principal passa por um conflito psicológico, uma vez que ela sente medo, mas não quer senti-lo e culpa-se por isso. Trata-se, assim, de uma personagem cindida. A bem da verdade, há um sincretismo de papeis desempenhado pela personagem principal: ora é sujeito do fazer ora é sujeito julgador. A partir dessa situação de conflito, instaura-se, no conto, uma nova personagem, mais forte, mais decidida, mais autônoma.

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Publicado

2012-06-08

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

A configuração patêmica no conto “A Escola da Noite”, de Rubens Figueiredo. (2012). Estudos Semióticos, 8(1), 113-123. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2012.49382