Desvelamentos: a essência submersa

Autores

  • Larissa Thomaz Corá UNESP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2012.49383

Palavras-chave:

enunciação, Guimarães Rosa, semiótica greimasiana, sentido

Resumo

O objetivo da presente reflexão é apresentar os mecanismos metadiscursivos forjados no interior de uma obra e sua relação com o próprio discurso literário. Para tanto, propomos analisar a narrativa “Cara-de-Bronze” (No Urubuquaquá, no Pinhém, 2001), de João Guimarães Rosa, em sua estruturação discursiva global e em cada nível do percurso gerativo do sentido. Ao desvelar a tensão referencial versus poética como fulcro da construção discursiva de “Cara-de-Bronze”, a análise aqui articulada caracteriza o processo de “montagem” do texto ao longo da viagem discursiva empreendida. Dessa forma, perpassa-se por questões relativas à semiótica greimasiana, discutidas por Barros (1994) e por Bertrand (2003), que focalizam o sentido e o parecer do sentido. Aborda-se também o plano da enunciação, conforme problematizado por Dominique Maingueneau (1996, 2001), de forma a delinear a contradição entre a sugestão da intenção da enunciação e sua percepção na materialidade do enunciado. Ao traçar as relações entre as instâncias citadas e os “percursos” de suas buscas, será possível então vislumbrar a relação buscada entre o metadiscurso e o discurso literário.

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Publicado

2012-06-08

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Artigos

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