O corpo próprio na semiótica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2013.61248Palavras-chave:
Actante, Campo posicional, Corpo próprio, Enunciação, PresençaResumo
Neste artigo, apresenta-se uma reflexão sobre como o conceito de corpo passou a fazer parte do conjunto epistemológico da teoria semiótica. Com esse propósito, estabeleceu-se um percurso que se iniciou com os estudos referentes às paixões desenvolvidos por Fontanille e por Greimas, em Semiótica das paixões (1993), e nas reflexões de Greimas sobre a estesia, em Da imperfeição (2002), obras que introduziram a problemática em relação ao conceito de presença, tema que, neste trabalho, será apresentado com base nos estudos desenvolvidos por Fontanille e por Zilberberg, em Tensão e significação (2001). Para esses autores, a presença semiótica baseia-se nas interações entre sujeito e sujeito, e entre sujeito e objeto, que ocorrem em um domínio discursivo denominado campo de presença. Jacques Fontanille dedicou grande parte de seus estudos a essas questões, porém, o autor propôs a denominação de campo posicional. Em busca de estabelecer um elo entre a noção de corpo e a de actante, Fontanille considerou que o corpo, operador da semiose, constitui-se pela carne e pelo corpo próprio. A carne, denominada moi, seria a instância enunciante, responsável pela tomada de posição no processo de semiose. O corpo próprio, que o autor designou soi, seria portador da identidade que se constrói no processo de semiose e no desenvolvimento sintagmático de cada semiótica objeto. As considerações de Fontanille em relação ao conceito de corpo próprio finalizam o desenvolvimento do tema discutido neste estudo, cujos objetivos foram de refletir sobre a maneira pela qual a noção de corpo foi incorporada à teoria semiótica e de como esse conceito foi tratado pelo autor.
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