Transcrição, notação e análise da palavra cantada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2021.186364

Palavras-chave:

Semiótica, Quantificação, Plano da expressão, Palavra cantada, Melodia

Resumo

Este texto aborda o problema da metalinguagem empregada na análise do plano da expressão da palavra cantada. O ponto de vista greimasiano sobre o texto cria um objeto – o percurso gerativo de sentido –, do qual não faz parte o plano da expressão. Consequentemente, a semiótica pouco se preocupou com o desenvolvimento de uma linguagem técnica dedicada à análise do plano da expressão. Porém, assim como o plano do conteúdo pode e deve ser analisado independentemente do plano da expressão, também este pode e deve ser analisado independentemente do plano do conteúdo. Para atingir este objetivo é necessário construir uma metalinguagem cujo objeto seja o plano da expressão. Esta metalinguagem deve estar ancorada nos princípios epistemológicos do estruturalismo e, ao mesmo tempo, deve ser capaz de espelhar as coerções que a substância da expressão apresenta. Tendo como foco o plano da expressão musical, discutimos quais as características desejáveis dessa metalinguagem e mostramos porque ela deve ser fundada na matemática.

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Biografia do Autor

  • José Roberto do Carmo Junior, Universidade Federal do Paraná

    Docente do Curso Superior de Tecnologia em Luteria, Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil.

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Publicado

2021-12-20

Edição

Seção

Teoria, epistemologia e metodologia

Como Citar

Transcrição, notação e análise da palavra cantada. (2021). Estudos Semióticos, 17(3), 42-65. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2021.186364