Classe média brasileira: novas fachadas, velhos hábitos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2022.181863

Palavras-chave:

Classe média, Brasil, Condomínios, Semiótica, Design

Resumo

Neste artigo procuramos mostrar de que modo dados aparentemente tão despretensiosos quanto os nomes de condomínios residenciais de uma grande cidade brasileira podem ser reveladores da maneira excludente como, segundo o que tem defendido Souza (2019), nossa classe média historicamente se comporta. Para ecoar esse pano de fundo sociológico, utilizamos, num primeiro momento, as categorias metodológicas da semiótica tensiva (ZILBERBERG, 2011) e, numa segunda etapa, convocamos para a análise categorias do design (LUPTON; PHILLIPS, 2014; SILVA; FARIAS, 2005). Nosso corpus é composto por 12 nomes de condomínios de Fortaleza-CE, seis deles localizados num bairro de perfil socioeconômico mais modesto, Passaré, e seis num bairro mais rico da capital cearense, Engenheiro Luciano Cavalcante.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Lucas Porto de Queiroz, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

    Docente substituto do curso de Letras da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Acarape-CE, Brasil. 

  • Camila Barros, Universidade Federal do Ceará

    Docente do curso de Design da Universidade Federal do Ceará. Fortaleza-CE, Brasil. 

     

     

Referências

BAUDRILLARD, Jean. A sociedade do consumo. Lisboa: Edições 70, 1995.

BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. Trad. Zulmira Ribeiro Tavares. São Paulo: Perspectiva, 2015.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador, volume 1: uma história dos costumes. Trad. Ruy Jungmann. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

FONTANILLE, Jacques. Pratiques sémiotiques. Paris : PUF, 2008. FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 51 ed. São Paulo: Global, 2006.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização Flavia Rios e Márcia Lima. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

LANDOWSKI, Eric. Interações arriscadas. Trad. Luiza Helena Oliveira da Silva. São Paulo: Estação das Letras e Cores: Centro de Pesquisas Sociossemióticas, 2014.

LUPTON, Ellen; PHILLIPS, Jennifer Cole. Novos fundamentos do design. Trad. Cristian Borges. São Paulo: Cosac Naify, 2014.

SILVA, Fábio Luiz Carneiro Mourilhe; FARIAS, Priscila. Um panorama das classificações tipográficas. Estudos em Design, v. 11, n. 2, p. 67-81, 2005. Disponível em: https://www.arcomodular.com.br/portugues/uploads/File/SILVA_FARIASPanoramaClassif.pdf. Acesso em: 26 fev. 2021.

SOUZA, Jessé. A elite do atraso. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2019.

VARELLA, Drauzio. Estação carandiru. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

ZILBERBERG, Claude. Elementos de semiótica tensiva. Trad. Ivã Carlos Lopes, Luiz Tatit, Waldir Beividas. São Paulo: Ateliê, 2011.

Downloads

Publicado

2022-04-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Classe média brasileira: novas fachadas, velhos hábitos. (2022). Estudos Semióticos, 18(1), 98-114. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2022.181863