Apresentação: Semiótica e vida social

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DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2021.182841

Resumo

A semiótica brasileira, que hoje pode até mesmo ser reconhecida como uma “escola” de pensamento independente, tem sido exercida “com inteligência, sensibilidade, emoção e gosto particulares” (Schwartzmann; Portela, 2017, p. 65), não se limitando a objetos clássicos, mostrando-se sempre receptiva e aberta ao diálogo interdisciplinar com outras correntes linguísticas e com outras áreas do conhecimento. Reconhecendo justamente essa tendência na semiótica brasileira, e buscando contribuir com o avanço dessas reflexões entre semiótica e vida social, o Grupo de Trabalho de Semiótica da ANPOLL elegeu esse tema para nortear o biênio 2018-2020. No âmbito do Grupo de Trabalho, foram gestados os artigos que aqui se apresentam. Pudemos reunir cinco eixos  de discussão da semiótica contemporânea, como tem sido desenvolvida no Brasil, os quais fazem avançar questões que nos são próprias, seja de um ponto de vista teórico, seja do ponto de vista dos objetos que continuam a desafiar a teoria: (1) os discursos políticos;  (2) o diálogo entre semiótica e ensino;  (3) a historiografia semiótica; (4) os discursos nas redes digitais e sociais; e (5) as práticas de inscrição urbana. Esses cinco eixos temáticos podem ser tomados como diferentes faces da vida social, que podem ser descritas e explicadas por meio da semiótica.

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Biografia do Autor

  • Matheus Nogueira Schwartzmann, Universidade Estadual Paulista

    Docente da Faculdade de Ciências e Letras (FCL-Assis) e do Programa de Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa (FCL-Araraquara), da Universidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo, SP, Brasil.

  • Silvia Maria de Sousa, Universidade Federal Fluminense

    Docente do Instituto de Letras e do Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem da Universidade Federal Fluminense  (UFF), Niterói, Brasil.

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Publicado

2021-04-15

Edição

Seção

Dossiê GT de Semiótica da Anpoll

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