Pragmática da experiência cinematográfica

Autores

  • Ivan Capeller Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ ). Endereço para correspondência: capellerivan@hotmail.com

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2013.61247

Palavras-chave:

Cinema, Mímesis, Pragmática

Resumo

Uma investigação acerca das relações entre a mímesis e o cinema que não só demonstra a insuficiência das noções de imitação e de narração para a descrição da experiência cinematográfica, como também procura elaborar uma ontologia não representacional da imagem a partir de uma releitura deleuziana da Alegoria da Caverna de Platão. A noção de simulacro é articulada à semiótica a-significante de Charles S. Peirce para pensar o dispositivo cinematográfico como um dispositivo essencial à compreensão do fenômeno mimético em sua irredutibilidade às próprias formas de codificação representacional que gera, sejam elas narrativas ou imitativas. Tenta-se demonstrar como, sob toda e qualquer hermenêutica e/ou iconologia, subjaz uma cinemática da mímesis que não se deixa capturar inteiramente por códigos representacionais. Em seguida, a mímesis no cinema é pensada através de uma pragmática da experiência cinematográfica, um dispositivo de modulação simultânea e recíproca dos objetos da experiência aos signos da representação, dispositivo este que não é exclusivamente visual ou fotográfico, pois todos os meios de expressão sensoriais e conceituais são mimetizáveis por tal dispositivo. A experiência do cinema pode ser pensada, assim, como uma mimetologia de toda e qualquer experiência, organizada, porém, segundo seus quatro componentes noéticos: seu componente gerativo, o transformacional, seu componente diagramático e seu componente maquínico.

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Publicado

2013-06-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pragmática da experiência cinematográfica. (2013). Estudos Semióticos, 9(1), 55-67. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2013.61247