Pontuações sobre infância, escola e biopolítica

Autores

  • Mercedes Minnicelli Universidad Nacional de Mar del Plata. Faculdad de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i3p400-407

Palavras-chave:

Infância e instituições, Escola, Biopolítica

Resumo

Este escrito tentará trabalhar a pergunta sobre a questão escolar frente à suposição do determinismo biopolítico que a era do consumo nos impõe. Inquietude que nos convoca e nos leva como psicanalistas até o campo epistêmico interdisciplinar que configura infância e instituições, no qual podemos dizer que alí onde há sujeito falante o biopolítico se amassa, se transforma, se re-significa na mínima expressão possível, em ditos e fatos que temos denominado cerimônias mínimas (Minnicelli, 2008; 2013). Cerimônias mínimas nas e pelas quais os significantes naturalizados e atados à repetição incessante do eterno retorno do mesmo, possibilitam, ao mesmo tempo, mobilidade discursiva, quando se faz possível fazer desse dito, outros dizeres. Tarefa incansável do humano na medida em que interroga e interpela o enunciado a escola como instituição social está consumida. Enunciado que se consuma quando nos fazemos eco acrítico sem interrogar seus efeitos. Exporemos como se deve separar infância de escolas para deslocar ditos efeitos arrasadores. Veremos, assim, que se há uma noção cuja pregnância biopolítica podemos advertir qualquer que seja o sentido que dela adotemos, essa noção é a da infância.

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Publicado

2019-12-30

Como Citar

Pontuações sobre infância, escola e biopolítica. (2019). Estilos Da Clinica, 24(3), 400-407. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i3p400-407