Vivências maternas e autismo: os primeiros indicadores de TEA e a relação mãe e filho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i3p548-565

Palavras-chave:

Vivências, Autismo, Maternidade

Resumo

Mães de filhos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tendem a vivenciar diversos desafios na maternidade. Este estudo qualitativo tem como objetivo compreender as vivências maternas e as experiências com os primeiros indicadores de TEA. Seis mães com filhos diagnosticados com TEA responderam um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada. Notou-se que mesmo antes do diagnóstico as mães percebiam que algo não ia bem com o bebê, havendo sobrecarga materna com os inúmeros cuidados que os filhos necessitam e que a rede de apoio é de extrema importância. Contudo, a intervenção precoce é relevante e pode contribuir de forma positiva com a relação mãe e bebê e sua subjetividade antes de um diagnóstico e o TEA implica em cuidados não somente com a criança, mas também ao seu cuidador principal.

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Biografia do Autor

  • Mariana Ledier Pascalicchio, Universidade São Francisco

    Discente do curso de graduação de Psicologia da Universidade São Francisco 

  • Kelly Cristina Garcia de Macêdo Alcântara, Universidade São Francisco

    Docente do Curso de Psicologia da Universidade São Francisco, Itatiba, SP, Brasil.

  • Luiz Fernando Longuim Pegoraro, Universidade São Francisco

    Docente do curso de Psicologia da Universidade São Francisco, Itatiba, SP, Brasil.

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Publicado

2021-12-18

Como Citar

Pascalicchio, M. L., Alcântara, K. C. G. de M. ., & Pegoraro, L. F. L. (2021). Vivências maternas e autismo: os primeiros indicadores de TEA e a relação mãe e filho. Estilos Da Clinica, 26(3), 548-565. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i3p548-565