Os impasses ao acesso à intersubjetividade: observações clínicas de um bebê com risco de evolução autística

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v27i3p422-434

Palavras-chave:

autismo infantil, intervenção precoce, manejo clinico, subjetivação, intersubjetividade

Resumo

O artigo aborda os impasses vividos por um bebê com risco de autismo em seu processo de subjetivação. Estudos afirmam que há bebês que, muito precocemente, recusam-se a estabelecer trocas com o objeto materno, impossibilitando que a mãe entre em um estado de identificação com seu bebê, o que colocaria em pauta que o autismo infantil não se limitaria apenas a uma falha materna, mas se trataria de uma patologia multifatorial. Quais intervenções clínicas seriam necessárias para que a mãe e o bebê possam juntos (re)escrever uma nova narrativa psíquica?  Haveria um tipo de intervenção e de manejo clínico específico nos casos de bebês com risco de autismo? E como a psicanálise contemporânea, fundamentada pela leitura da intersubjetividade, nos ajudaria na compreensão da clínica da intervenção precoce?

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Biografia do Autor

  • Camila Saboia, Entrelacer-Psicanálise & Infância

    Psicóloga e Psicanalista. Pós-doutora em Psicologia do Desenvolvimento pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, docente do Instituto Sedes Sapientiae, membro fundadora do Entrelacer-Psicanálise & Infância, São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2022-12-18

Como Citar

Os impasses ao acesso à intersubjetividade: observações clínicas de um bebê com risco de evolução autística. (2022). Estilos Da Clinica, 27(3), 422-434. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v27i3p422-434