Experiências de fronteira e de front: crianças imigrantes, escola e políticas da infância

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v27i3p328-331

Palavras-chave:

Migração, Escola, Políticas da infância

Resumo

Os fluxos migratórios se tornaram um campo de tensões sociais e políticas que desconsideram sua condição sine qua non para a construção de uma sociedade. Atualmente o fluxo migratório é fenômeno que desnuda as formas de funcionamento social e político que camuflam e tornam invisibilizada a gestão social na lógica da guerra. Nesta ficam banalizados os discursos de ódio que segregam, fomentam os racismos e outras modalidades de exclusão com foco nos marcadores étnico-raciais, econômicos, culturais, religiosos ou de gênero. As migrações de massa, assim como a recusa em acolher os imigrantes e a determinação de os expulsar, revelam uma guerra sem nome, ou seja: uma modalidade de política baseada na globalização perversa. Ela institui um colonialismo amplo, geral e irrestrito, com a centralização do capital à custa de miséria, domínio e morte de muitos e também das formas de vida que eles representam.

 

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Biografia do Autor

  • Miriam Debieux Rosa, Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia

    Professora titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

  • Joana Sampaio Primo, Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia

    Doutoranda no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

  • Gabriel Inticher Binkowski, Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia

    Professor Doutor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2022-12-18

Como Citar

Experiências de fronteira e de front: crianças imigrantes, escola e políticas da infância. (2022). Estilos Da Clinica, 27(3), 328-331. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v27i3p328-331