Validação do instrumento "Acompanhamento Psicanalítico de Crianças em Escolas, Grupos e Instituições" (APEGI)

primeiros resultados

Autores

  • Maria Cristina Machado Kupfer Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia
  • Leda Mariza Fischer Bernardino Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Maria Eugênia Pesaro Lugar de Vida - Centro de Educação Terapêutica

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v23i3p558-573

Palavras-chave:

teoria psicanalítica; validação de instrumento; desenvolvimento da criança; função do semelhante.

Resumo

No presente artigo, apresentam-se os resultados preliminares de uma pesquisa para a validação do instrumento APEGI – Acompanhamento Psicanalítico de Crianças em Escolas, Grupos e Instituições. Construído com base na teoria psicanalítica, o APEGI busca proceder a uma leitura psicanalítica do processo de constituição subjetiva articulado ao desenvolvimento da criança, considerando ainda a relação da criança com seus pares a partir da noção de função do semelhante. O APEGI foi aplicado a uma amostra de 60 crianças entre 4 e 6 anos de idade. Os primeiros resultados mostram um bom índice de precisão ou confiabilidade do instrumento, além de apontarem que o instrumento vai em direção ao esperado para sua validação.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Maria Cristina Machado Kupfer, Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia

    Psicanalista, Professor Titular Senior do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, SP, Brasil.

  • Leda Mariza Fischer Bernardino, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

    Psicanalista, professora titular aposentada da PUCPR, Curitiba, PR, Brasil.

    Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo.

     

     

  • Maria Eugênia Pesaro, Lugar de Vida - Centro de Educação Terapêutica

    Psicanalista. Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psicologia da  Universidade de são Paulo.

Referências

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Baron-Cohen, S., Wheelwright, S., Cox, A., Charman, T., Swettenham, J., Drew, A. & Doehring, P. (2000). Early identification of autism by the checklist for autism in toddlers (CHAT). Journal of the Royal Society of Medicine, 93 (10), 521-525.

Bernardino, L. M. F. & Vaz, B. (2015). Avaliação de crianças pequenas em processo de educação inclusiva através do protocolo AP3. Revista Educação, 38 (1), 193-202.

Brunelle, Y. & Saucier, A. (1999). Les indicateurs et le système de soins. Québec: Ministère de la Santé et des Services Sociaux.

Cardoso, D. F., Fernandes, E. T., Novo, A. L. B. & Kupfer, M. C. M. (2012). O IRDI como facilitador das intervenções terapêuticas em um centro de reabilitação física infantil. In M. C. M. Kupfer, L. M. F. Bernardino & R. M. M. Mariotto (Orgs.), Psicanálise e ações de prevenção na primeira infância (pp. 95-108). São Paulo, SP: Escuta.

Crestani, A. H., Souza, A. P. R., Moraes, A. B. & Beltrami, L. (2011). Associação entre tipos de aleitamento, presença de risco ao desenvolvimento infantil, variáveis obstétricas e socioeconômicas. In Anais, 26ª Jornada Acadêmica Integrada da UFSM, Santa Maria, RS (pp. 1-3). Santa Maria, RS: UFSM.

De Césaris, D.M. (2013). O uso dos instrumentos IRDI e AP3 no acompanhamento da constituição da imagem corporal/especular de crianças em Centros de Educação Infantil. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

Garcia, C. (2002, agosto/setembro). Saber e ciência: Psicanálise, saúde pública e saúde mental. Cadernos IPUB, 8 (21), 61-78.

Hanns, L. (2000). Psicoterapias sob suspeita: A psicanálise no século XXI. In R. A. Pacheco Filho, N. Coelho Júnior, & R. M. Debieux (Orgs.), Ciência, pesquisa, representação e realidade em psicanálise (pp. 175-204). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Jaquetti, R. C. & Mariotto, R. M. M. (2012). Mau-olhado: efeitos constituintes do laço mãe-bebê a partir de uma cena clínica. Associação Psicanalítica de Curitiba em Revista, (25), 97-103.

Kazahaya, D. (2014). Bebês, crianças e seus pequenos pares: a participação do pequeno semelhante no desenvolvimento e constituição subjetiva. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

Kupfer, M. C. M., Bernardino, L. M. F. & Mariotto, R. M. M. Metodologia IRDI: uma intervenção com educadores de creche. In: M. C. M. Kupfer, L. M. F. Bernardino & R. M. M. Mariotto (Orgs), De bebê a sujeito: a metodologia IRDI nas creches (pp. 15-23). São Paulo: Escuta.

Kupfer, M. C. M., Bernardino, L. M. F., Pesaro, M. E. & Mariotto, R. M. (2015). Psychological Health Education in Nurseries: Off to a Good Start in the Psychic Development of Children Aged Zero to Eighteen Months. Creative Education, 6 (20), 1195-2204.

Kupfer, M. C. M., Jerusalinsky, A., Infante, D., Bernardino. L. F. & col. (2008). Roteiro para a Avaliação Psicanalítica de Crianças de Três Anos – AP3. In R. Lerner . & M. C. M. Kupfer (Orgs.), Psicanálise com crianças: clínica e pesquisa (pp. 137-147). São Paulo: Escuta.

Kupfer, M. C. M., Jerusalinsky, A. N., Bernardino, L. F., Wanderley, D., Rocha, P. S. B., Molina, S., Sales, L. M., Stellin, R., Pesaro, M. E. & Lerner, R. (2009, maio). Valor preditivo de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil: um estudo a partir da teoria psicanalítica. Latin American Journal of Fundamental Psychopathology Online, 6 (1), 48-68.
Kupfer, M. C. M. & Voltolini, R. (2005). Uso de indicadores em pesquisas de orientação psicanalítica: um debate conceitual. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21 (3), 359-364.

Laznik, M-C. (2013). A hora e a vez do bebê. São Paulo: Instituto Langage.

Lerner, R., & Kupfer, M. C. M. (Orgs.). (2008). Psicanálise com crianças: clínica e pesquisa. São Paulo: FAPESP/Escuta.

Mannoni, M. (1978). Um lugar para viver. Lisboa: Moraes.

Manual para a aplicação do APEGI (2017). Inédito.

Mariotto R. M. M. (2009). Cuidar, Educar e prevenir: as funções da creche na subjetivação de bebês. São Paulo: Escuta.

Mariotto, R. M. M. & Bernardino, L. M. F. (2012). O Programa de Prevenção Inicial - PROPAI. In M. C. M. Kupfer, L. M. F. Bernardino & R. M. M. Mariotto (Orgs.), Psicanálise e ações de prevenção na primeira infância (pp. 15-28). São Paulo: Escuta.

Merletti, C. K. I. (2012). Escuta grupal de pais de crianças com problemas de desenvolvimento: uma proposta metodológica baseada na psicanálise. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, SP.

Merletti, C. K. I. & Pesaro, M. E. (2010). Corpo e linguagem na operação de surgimento de um sujeito: um caso a partir da AP3. In M. C. M. Kupfer & F. C. N. Pinto (Orgs.), Lugar de Vida, vinte anos depois. Exercícios de educação terapêutica (pp. 35-45). São Paulo: Escuta.

Mezan, R. (2002). Interfaces da psicanálise. São Paulo, SP: Companhia das Letras.

Morais, A. S. (2013). Usos e apropriações de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil por agentes comunitários de saúde: uma experiência de formação. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

Mozzaquatro, C. de O., Polli, R. G., Arpini, D. M. (2011). Relação Mãe-Bebê: Cuidados e preocupações na construção da vinculação afetiva. In Anais, IV Jornada de Pesquisa em Psicologia: desafios atuais nas práticas da psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul, 2011, Santa Cruz do Sul, RS. Santa Cruz do Sul, RS: UNISC.

Oliveira, L. D., Flores, M. R. & Souza, A. P. R. (2012, março-abril). Fatores de risco psíquico ao desenvolvimento infantil: implicações para a fonoaudiologia. Revista CEFAC, 14 (2), 333-342.

Ouss, L., Saint-Georges, C., Robel, L., Bodeau, N., Laznik, M. C., Crespin, G. C., Chetouani, M., Bursztejn, C., Golse, B., Nabbout, R., Desguerre, I. & Cohen, D. (2014, March). Infant's engagement and emotion as predictors of autism or intellectual disability in West syndrome. European Child & Adolescence Psychiatry, 23 (3), 143-9. DOI: 10.1007/s00787-013-0430-x.

Pallant, J. (2007). SPSS Survival Manual. United Kingdom: Open University Press.

Pasquali, L. (2004). Psicometria: teoria dos testes na psicologia e na educação. Petrópolis, RJ: Vozes.

Pereira, M. E. C. (2001). O geral das estruturas clínicas e a singularidade do sofrimento: Encontros e desencontros. In A. Quinet, (Org.), Psicanálise e psiquiatria – Controvérsias e convergências (pp. 55-68). Rio de Janeiro, RJ: Rios Ambiciosos.

Pires, R. B. (2011). Indicadores preliminares para a constituição do sujeito leitor/escritor. Dissertação de Mestrado em Fonoaudiologia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUCSP, São Paulo, SP.

Préaut.fr [homepage na internet]. Paris. Association Préaut. Disponível em http://www. preaut.fr/. Acesso em novembro de 2017.

Sim, J. & Wright, C. C. (2005). The kappa statistic in reliability studies: use, interpretation, and sample size requirements. Physical Therapy, 85 (3), 257-68.

Tocchio, A. B. (2013). Educação permanente de profissionais de enfermagem da atenção básica à saúde a partir de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

Vieira, M. A. (2001). Dando nome aos bois: Sobre o diagnóstico na psicanálise. In A. C. Figueiredo, (Org.). Psicanálise – Pesquisa e clínica (pp. 171-9). Rio de Janeiro, RJ: Edições IPUB-CUCA.

Downloads

Publicado

2018-12-31

Como Citar

Validação do instrumento "Acompanhamento Psicanalítico de Crianças em Escolas, Grupos e Instituições" (APEGI): primeiros resultados. (2018). Estilos Da Clinica, 23(3), 558-573. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v23i3p558-573