A constituição subjetiva no grafo do desejo de Lacan

Autores

  • Renato Jesus Aparecido de Praga Palma Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Marco Antonio Coutinho Jorge Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i1p160-179

Palavras-chave:

Constituição do sujeito, Grafo do desejo, Real, Simbólico, Imaginário

Resumo

O presente trabalho objetiva discorrer sobre como a psicanálise considera o processo de constituição do sujeito, tomando como base o grafo do desejo estabelecido por Jacques Lacan no final da década de 50 como modelo que coloca em correlação o processo de constituição subjetiva e os processos encontrados em uma análise. Será realizada uma investigação sobre a subversão da ordem instintual quando se é constituído pelo significante. Para isso, considerou-se necessário abordar o decurso das primeiras relações da criança com o outro, tratando das relações do sujeito mítico da necessidade, do atravessamento da demanda, e do seu mais além, o desejo.

 

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Biografia do Autor

  • Renato Jesus Aparecido de Praga Palma, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Psicanalista; Psicólogo clínico do Exército Brasileiro; Membro associado do Corpo Freudiano – Escola de Psicanálise, Seção Rio de Janeiro; doutorando em Psicanálise pelo Programa de Pós-graduação em Psicanálise do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Mestre e Especialista em Psicanálise pela mesma Universidade.

  • Marco Antonio Coutinho Jorge, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Psicanalista, Psiquiatra. Diretor do Corpo Freudiano – Escola de Psicanálise, Seção Rio de Janeiro; Professor associado e Chefe do Departamento de Psicanálise do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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Publicado

2021-04-29

Como Citar

A constituição subjetiva no grafo do desejo de Lacan. (2021). Estilos Da Clinica, 26(1), 160-179. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i1p160-179