O racismo no Golpe de Estado de 2019 na Bolívia: registros entre 20 de outubro e 14 de novembro
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.194093Palavras-chave:
Bolívia, Golpe, racismo, Carlos Mesa, Evo MoralesResumo
- Este trabalho se debruça sobre os processos que se incidiram na Bolívia entre 20 de outubro e 14 de novembro de 2019 durante as eleições presidenciais e os dias que se sucederam e culminaram no Golpe de Estado que obrigou Evo Morales e Álvaro Garcia Linera, presidente e vice-presidente eleitos, a deixarem o país sob ameaças. Para isso, serão analisadas entrevistas, documentadas pela autora deste artigo durante o período, e dados oficiais relacionados com os conceitos de contrato social, racial e patriarcal de Charles W. Mills (1997), que disserta sobre a colonização latino-americana e os impactos atuais desta dinâmica racista e sexista incorporada nos países periféricos. Um marco significativo do período foi a queima da bandeira Wiphala, que carrega simbolismo dos povos originários da região da Cordilheira dos Andes.
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